As vendas de carne bovina sem osso, a reboque do pagamento de salários, se aqueceram.
É preciso considerar que as confraternizações de fim de ano, principalmente por parte de empresas, ajudaram na melhoria das vendas. Por conta disso, observa-se uma melhor saída de cortes da linha grill (alcatra, picanha, etc.).
Os preços, no entanto, ainda recuaram um pouco. No atacado, a retração média foi de 1,4%, com destaque para os recuos registrados para o peito, o coxão mole, o músculo e a paleta. Todos acima de 10%.
O mercado atacadista, na primeira semana de dezembro, ainda trabalhava com um certo estoque. Agora ele está enxugando, graças à melhoria das vendas e à retração das ofertas (reflexo da redução da disponibilidade de animais para abate).
Chamamos a atenção para o fato de termos incluído um novo fornecedor de preços em nosso banco de dados e isso influenciou o comportamento das cotações desta semana. Mexeu nas médias.
No varejo os preços também caíram. Exceto em Minas Gerais, onde foi registrado um aumento médio de 0,3% (veja figura 1). Em geral, as grandes redes, de olho nos consumidores endividados, têm investido em promoções.
De acordo com informações da Agrol, o varejo está se abastecendo preterivelmente com carnes bovina, suína e de frango, em função dos preços relativamente baixos e do fato das carnes de consumo mais tradicional em fim de ano, como o peru e o bacalhau, apresentarem preços 10% acima do mesmo período de 2005.
É possível, portanto, que a demanda por “carnes tradicionais” seja melhor neste fim de ano.
<< Notícia Anterior