As cotações do couro verde estão estáveis. O câmbio ainda não foi buscar os R$2,00 por US$1,00. Estacionou, por enquanto, na casa dos R$2,10, o que não serve de alento aos curtumes. As margens, segundo as fontes consultadas, estão apertadas.
Mas não existe espaço para depressão nos preços do couro verde. Aliás, o mercado está bem firme, por conta das ofertas reduzidas.
Os frigoríficos encontram dificuldades em avançar com as escalas de abate. Além do mais, a “paradeira” típica de carnaval deve contribuir ainda mais para deixar o mercado enxuto.
No Rio Grande do Sul já tem frigorífico decretando férias coletivas, por conta da falta de gado. O sebo já reagiu (veja adiante), e é possível que o movimento alcance o couro verde.
CRISE INTERNA
O editorial do jornal Folha de São Paulo, de 13 de fevereiro, teceu uma análise sobre o câmbio valorizado e seus reflexos negativos sobre o PIB.
Destacou que alguns setores da economia nacional têm sofrido mais. A produção de calçados e artigos de couro, por exemplo, amargou quedas de 3,2% em 2005 e 2,7% em 2006. Já a importação desses
itens aumentou 11,7% no ano ado.
SEBO REAGE NO RS
A cotação do sebo bovino alcançou R$0,90/kg no Rio Grande do Sul, sem ICMS.
Ao longo do ano já se tem um aumento de 20%. Em relação ao mesmo período do ano ado a alta é de 50%.
Dentre todos os derivados bovinos, o sebo é, com folga, aquele que mais se valorizou ao longo do último ano. Acompanhe a evolução dos preços do produto, nos últimos meses, na figura 1.
A firmeza do mercado é sustentada, primeiro, pela oferta bastante reduzida. Segundo, pelo aquecimento da demanda, notadamente para a produção de biodiesel. Isso tem acontecido, principalmente, no Brasil Central, mas com reflexos no extremo Sul do País.
Para os próximos dias, a expectativa é que o mercado se mantenha firme.
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