As cotações do couro verde permanecem estáveis.
No Brasil Central, a última alteração foi registrada em 13 de novembro de 2007, uma retração de R$0,10/kg. Já se vão mais de quatro meses.
Boi, carne, sebo, miúdos... tudo está em alta, menos o couro. Reflexo da valorização do real e do desempenho aquém do esperado de alguns setores que usam o couro como matéria-prima, como o de calçados e, principalmente nos EUA, o moveleiro.
Diante desse cenário, os curtumes resistem a reajustar as cotações couro verde. Mesmo porque, a tendência para o dólar ainda é de baixa.
Já o sebo está em alta. Foram registrados reajustes de R$0,05/kg e R$0,10/kg no Brasil Central e no Rio Grande do Sul, respectivamente, além de negócios diferenciados.
Os compradores afirmam que os reajustes estão chegando ao limite. De toda forma, para o sebo, o mercado é firme.
COURO X DÓLAR
A Scot Consultoria começou a levantar o mercado de couro verde de primeira linha, no Brasil Central, em meados de março de 2007. De lá para cá, a cotação média dessa matéria-prima recuou 18%.
No entanto, em dólares, graças à valorização da moeda nacional, o preço atual é praticamente o mesmo de março de 2007. Veja na figura 1.

Os curtumes batem sempre nessa tecla: apesar da retração dos preços, em reais, a frouxidão cambial deixa o mercado no mesmo patamar.
Verdade. Mas o dólar, a não ser que venha aí uma crise das “bravas”, não irá reagir, e a oferta de couro também não deve aumentar tão cedo.
O cenário é esse, não dá para escapar dele. É preciso buscar soluções em outras instâncias: gestão, agregação de valor e muita criatividade.
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