Só para “variar”, as cotações do couro verde seguem estáveis. De um lado, oferta reduzida. De outro, demanda relativamente fraca e câmbio frouxo.
A China continua comprando bem. Destaque para o mercado automobilístico, que se expande em ritmo frenético. Mas os chineses são extremamente agressivos em preço.
O resultado da feira de Hong Kong, realizada no início de abril, ficou abaixo das expectativas.
Dessa forma, a tendência é que o mercado siga andando de lado.
SEBO EM ALTA
Também para variar, as cotações do sebo bovino voltaram a subir. Reajustes de R$0,10/kg no Brasil Central e no Rio Grande do Sul.
Detalhe: chegaram a ser registrados, mais para o Centro-Norte do País, negócios na faixa de R$2,60/kg.
O sebo do Brasil Central já vale, hoje, 28% mais do que o couro verde. E a tendência é que essa diferença aumente.
Acompanhe, na figura 1, as variações dos preços pecuários (boi, derivados e reposição) em São Paulo. Veja que a valorização do sebo só ficou atrás da farinha de carne e osso, lembrando que estão sendo registrados negócios acima do preço referência.

O couro é que caminhou na contramão, em função de fatores que vêm sendo discutidos ao longo das últimas edições deste informativo: problemas de venda, frouxidão cambial e articulação dos curtumes.
A firmeza dos preços do sebo está alicerçada na redução da oferta e na demanda aquecida, graças ao bom desempenho dos setores de higiene e limpeza e de biodiesel.
Interessante destacar que a safra do boi gordo está chegando ao fim e a oferta não melhora. Há semanas que os compradores de sebo trabalham com expectativa de aumento de oferta, o que promoveria, ao menos, uma estabilização dos preços. Mas até agora nada.
<< Notícia Anterior