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Scot Consultoria

A questão das exportações de gado em pé 5e5a38

por Fabiano Tito Rosa 3j495j

Sexta-feira, 23 de maio de 2008 - 08h02

Após mais de seis meses de estabilidade, a cotação do couro verde catado, no Rio Grande do Sul, recuou R$0,10/kg. Recuou para R$1,80/kg. Na verdade, ocorrem negócios R$0,10/kg acima e abaixo do preço referência. Tal variação, em função de qualidade e volume, é comum para esse tipo de produto. Com relação ao couro de primeira linha (Brasil Central), a referência continua em R$1,80/kg, mas parece que as pressões baixistas começam a surtir efeito. Já foram registrados negócios a R$1,70/kg. A oferta de couro se mantém reduzida. Porém, na outra ponta, as vendas estão mornas, principalmente em função do câmbio. Aliás, os curtumes apontam que já começa a sobrar um pouco de couro salgado, e até mesmo de wet blue, no mercado doméstico. Dessa forma, a pressão de compra sobre o couro verde diminui um pouco, o que facilita a imposição de recuos. Os curtumes apontam que a tendência, para os próximos dias, é de consolidação do ajuste de R$0,10/kg. Vamos acompanhar. SEBO ESTÁVEL Preços estáveis para o sebo bovino. Porém, assim como os curtumes, os compradores do produto acreditam em recuos para a próxima semana. EXPORTAÇÕES DE GADO EM PÉ A polêmica é grande. O Brasil não exportava quase nada há alguns anos. Porém, em 2007, enviou de navio pouco mais de 431 mil bovinos vivos para serem abatidos em outros países. Alguns frigoríficos se articulam no sentido de criar barreiras a esse tipo de comércio. Argumentam que ele gera menos empregos e dificulta o abastecimento de todas as indústrias que se abastecem de bois e derivados. Veja só. O Brasil, em 2007, abateu cerca de 46 milhões de cabeças. Portanto, foram gerados 46 milhões de couros e aproximadamente 552 mil toneladas de sebo (considerando 12 kg por animal). As exportações de gado em pé levaram para fora do país, aproximadamente 431 mil unidades de couro e 5,17 mil toneladas de sebo, o que representa nem 1% do total produzido, de cada produto, no país. O impacto é grande em termos regionais (quase todo o gado exportado vivo sai do Pará), mas é muito pequeno em termos de Brasil. De toda forma, ele tende a aumentar, já que os abates estão em baixa, enquanto as exportações de gado em pé se mantêm em crescimento. No primeiro quadrimestre deste ano o Brasil exportou 118.789 bovinos para abate, um aumento de 62% em relação ao mesmo período de 2007, quando foram exportadas 73.287 cabeças.
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