Como já foi abordado em outras ocasiões nessa coluna, existem duas maneiras de se analisar e obter subsídios para tentar predizer o comportamento futuro dos preços de uma
commodity, como o boi gordo: a análise fundamentalista e a análise gráfica. A análise fundamentalista, como o próprio nome diz, se preocupa com os fundamentos do mercado, ou seja, oferta e demanda de bois gordos, preço do dólar, disponibilidade de reposição, quantidade de chuvas, etc. Já a análise gráfica se preocupa principalmente com o comportamento ado dos preços como forma de identificar tendências e o seu comportamento futuro.
O peso que cada tipo de análise tem na decisão da melhor hora para a venda, ou para a compra, varia muito de pessoa para pessoa e também de mercadoria para mercadoria. Mercados mais líquidos, como o mercado futuro de dólar, tendem a ter uma maior utilização de análise gráfica e mercados menos líquidos tendem a dar um maior peso para a análise fundamentalista.
Independentemente das ferramentas de análise gráfica, apenas a observação do comportamento ado dos preços já nos ajuda a olhar a situação atual por uma outra perspectiva, tanto mais ampla quanto maior for o período observado.
COINCIDÊNCIA?
Ao observar o Índice Esalq a vista do boi gordo desde 1994, me chamou a atenção a semelhança do comportamento dos preços nos anos de 1996/1997 e 2006/2007. Veja na figura 1.

Meu intuito com esse artigo não é o de fazer qualquer tipo de previsão e muito menos insinuar que esses gráficos poderão continuar a ser iguais. A intenção é apenas salientar a atual semelhança e reforçar a idéia de que gráficos de longo prazo podem ser muito interessantes para uma análise maior do mercado. Os aspectos fundamentalistas dos mercados de 1996/1997 e de 2006/2007 e as razões dessa semelhança eu deixo em aberto para que cada um possa pensar e chegar à sua própria conclusão.
Forte abraço! Espero encontrá-los no
2º Encontro Confinamento: Gestão Técnica e Econômica, em Jaboticabal.
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