A baixa no mercado do boi gordo e a vacinação contra aftosa nas principais praças pecuárias do País, obrigando a paralisação temporária de leilões e transporte de animais, deixaram o mercado de reposição devagar.
Em relação ao mesmo período de 2005, o mercado está mais aquecido. Mesmo com o mercado do boi gordo pressionado, existe a expectativa de que a pecuária firme daqui para frente, com a provável virada de ciclo.
Comparando os preços médios de outubro de 2005 com o mesmo período deste ano, houve significativa valorização das categorias mais jovens. O reajuste para o bezerro anelorado, recém-desmamado, chegou a 5,40% em Minas Gerais, 11,70% em Goiás, 14,40% em Mato Grosso, 14,70% em Mato Grosso do Sul e expressivos 26,75% no Paraná. Comportamento semelhante foi observado para os sobreanos anelorados.
Mas no mesmo período, o boi magro se desvalorizou na maioria das praças. O recuo foi de 8,54% em Minas Gerais, 5,06% em Goiás, 7,30% em Mato Grosso do Sul, 7,17% no Mato Grosso e 4,48% no Paraná.
O aumento da cotação dos animais mais jovens decorre basicamente da diminuição da oferta, fruto de alguns anos de contenção de investimento e elevado abate de matrizes. Em contrapartida, a desvalorização dos animais para reposição mais erados, mesmo com a oferta não abundante no período, veio da falta de perspectiva com os preços do boi gordo no curto prazo e descapitalização do produtor. Afinal, animal mais pesado significa maior desembolso.
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