Onda de roubos de gado e desossa para venda clandestina de carne preocupam pecuaristas.
O crescente nmero de crimes ocorridos em propriedades rurais na regio de Araatuba, cidade distante 580 quilmetros da capital paulista, e que ostenta o ttulo de "A Capital do Boi Gordo" vai colocar a Polcia Militar no campo. Na tarde desta tera-feira (10/5), diretores do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Polcia Militar e Polcia Ambiental se reuniram para traar as estratgias de combate aos crimes rurais.
Segundo Antonio Carlos Ferreira, presidente do Siran, as duas polcias se comprometeram a reforar a segurana rural com pelo menos dez viaturas (seis da Polcia Militar e quatro da Polcia Ambiental) e elaborar um mapa mais eficiente de localizao das propriedades, com coordenadas via GPS, para auxiliar as equipes a identificarem as propriedades com mais rapidez e evitar a onda de violncia na regio.
Nas ltimas semanas, produtores rurais tiveram suas fazendas invadidas por criminosos que, geralmente durante a madrugada, apartavam o gado, levavam as rezes para uma rea isolada da propriedade, e abatiam os animais ali mesmo. O gado era desossado no pasto para a venda clandestina da carne. Em alguns casos, proprietrios e funcionrios foram rendidos pelos bandidos, amarrados e trancados nas casas-sede das fazendas e stios.
Pelo menos onze crimes semelhantes ocorreram na regio, conforme a Polcia Militar Ambiental de Araatuba. O prejuzo pode ultraar R$ 300 mil. Somente em uma das propriedades, os ladres abateram 15 vacas em uma s noite.
A Polcia Militar Ambiental de Araatuba itiu que existem falhas na segurana rural da regio, devido dificuldade de identificar as propriedades rurais, j que muitas delas possuem o mesmo nome. Segundo a corporao, essas propriedades esto ando por um novo mapeamento para serem denominadas por coordenadas para facilitar sua localizao. Mas a polcia disse que o problema maior que os agricultores e pecuaristas locais no costumam prestar queixa quando percebem que o rebanho foi desfalcado. " importante que os produtores rurais registrem a ocorrncia para que possamos investigar, caso contrrio, no podemos trabalhar", afirmou o tenente da Polcia Ambiental local.
O presidente do Siran afirmou que vai incentivar o produtor rural a se aproximar das polcias militar e ambiental para coibir os crimes rurais. "Eles no registram o boletim de ocorrncia porque no acreditam na recuperao do prejuzo", disse ele. "Mas precisamos acabar com essa ideia, queremos segurana no campo".
Fonte: Globo Rural Online. Por Viviane Taguchi. 11 de maio de 2011.