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o ao crdito principal crtica ao Plano Safra 5i4h

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28/06/2011 - 09:29
Produtores querem mudanas no programa do governo que reduzam burocracia e ampliem financiamento s cooperativas. Poucos dias aps a divulgao do Plano Agrcola e Pecurio 2011/2012, que aumentou em 7,2% os recursos disponibilizados em relao safra ada, para R$107,2 bilhes, representantes do setor produtivo apontam os pontos crticos do programa e se articulam para cobrar mudanas. Burocracia, limite de crdito a juros controlados aos produtores de milho e reduo no financiamento s cooperativas esto na lista de reclamaes. A primeira demanda do setor agrcola pode ser atendida j no prximo encontro do Conselho Monetrio Nacional (CMN), que tem uma reunio prevista para hoje. De acordo com o coordenador de anlises econmicas do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa), Wilson de Arajo, os produtores de milho devem manter o benefcio de somar os recursos captados para custear o gro ao financiamento de outras culturas. "A medida no havia ficado explcita na ltima reunio, mas esse benefcio dever ser mantido", afirma. O ponto um dos mais polmicos dentro do Plano Safra e refere-se unificao dos limites de crdito rural de custeio em R$650 mil por tomador a cada safra. Se de um lado a medida beneficiou, principalmente, produtores de cana-de-acar e pecuaristas, de outro, reduziu o limite de crdito dos produtores de milho e soja, que j podiam somar o limite destinado ao milho a outras culturas, garantindo recursos de at R$1,15 milho. De acordo com o coordenador do departamento tcnico econmico da Federao de Agricultura do Paran (Faep), Pedro Loyola, como resultado da diminuio do limite de crdito para o produtor de gros, esse agricultor teria menos recursos disponveis a juros de 6,75% ao ano e precisaria buscar no mercado mais recursos a juros livres, que variam de 12% a 15%. "Se isso ocorrer, o produtor s ter dois caminhos: diminuir a tecnologia ou reduzir a rea", afirma Loyola. O pedido dos produtores de milho foi enviado ao governo no dia 17 de junho. No dia 22/6, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) convocou uma reunio da Comisso de Agricultura para apresentar outras demandas. Segundo ele, a maioria dos produtores continuam com dificuldade para ar os recursos oferecidos ao setor. " necessrio renegociar as dvidas e diminuir a burocracia para os agricultores que querem tomar emprstimos", diz. Nessa questo, o Mapa considera a dificuldade da obteno de crdito para alguns produtores como um fator natural do processo, que envolve exclusivamente a relao entre agente financeiro e muturio. Cooperativas Segundo o presidente da Organizao das Cooperativas do Brasil (OCB), Mrcio Freitas, os nicos programas para o cooperativismo presentes no Plano Agrcola foram "espremidos": o Prodecop, para investimento em infraestrutura para agregao de valor, e Procap Agro, programa de capitalizao das cooperativas. No caso do primeiro, o valor destinado a investimentos foi mantido em R$2 bilhes,mas o recurso para capital de giro foi reduzido em R$600 mil. Para o Procap, a carncia para o prazo de reembolso que era de seis anos foi para dois anos e o limite de emprstimo por cooperativa foi reduzido de R$50 milhes para R$25 milhes. "No espervamos que houvesse essa reduo nos benefcios das cooperativas e eu vou tentar reverter isso", afirma Freitas. Apesar de ter recebido algumas crticas, o novo Plano Safra tem um valor recorde e pretende, com os recursos oferecidos, expandir de 161,5 milhes para 169,5 milhes de toneladas a produo de gros, fibras e oleaginosas do pas. Tambm tem como destaque as novas medidas de apoio pecuria, cana-de-acar e agroenergia, alm da estocagem de suco de laranja. Pela primeira vez, haver recursos pblicos em condies mais favorveis para reteno e compra de matrizes e reprodutores, bem como para a recuperao de pastagens degradas. No caso da cana-de-acar e dos biocombustveis, esto asseguradas linhas de financiamento para a expanso e renovao de canaviais. O governo tambm destinar verbas para garantir preos mnimos de referncia aos produtores ctricos. Fonte: Brasil Econmico. Por Priscila Machado. 27 de junho de 2011.