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Rejeio de carne pelos EUA exige ateno oc6u

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25/08/2011 - 09:11
Embora a rejeio pelos Estados Unidos, na semana ada, de um carregamento de carne processada na planta de Barretos (SP) do frigorfico JBS tenha sido classificado como um caso isolado e pontual, tanto pela empresa quanto pela Associao Brasileira da Indstria Exportadora de Carne (Abiec), o fato acende um sinal amarelo no setor. O motivo alegado para a rejeio foi o excesso de resduos na carne do vermfugo ivermectina, amplamente utilizado no gado brasileiro. No ano ado, pelo mesmo motivo, EUA fecharam as portas para a carne brasileira por sete meses. O estado pode ser considerado de ateno porque, no ano ado, pelo mesmo motivo, os Estados Unidos fecharam as portas para a carne brasileira por sete meses, embargo que s foi derrubado aps um acordo que reduziu de 100 para as atuais 10 partes por bilho, o nvel mximo de resduos de ivermectiva permitido na carne. O lote da semana ada foi barrado pelas autoridades americanas porque foram encontradas 53 partes do vermfugo para cada bilho de partes de carne. Especialistas ouvidos pelo Estado divergem, porm, quanto aos fatores da rejeio. "Pode ocorrer de o pecuarista ver-se tentado a vender o animal antes do prazo para aproveitar um pico de preos", diz o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Pedro Paulo Pires, colocando a falta de observao aos prazos de carncia entre a ltima aplicao e o abate como possvel motivo. Opinio refutada, porm, pelo pesquisador do Centro de Pesquisa em Pecuria de Corte do Instituto de Zootecnia Leopoldo Figueiredo. O pecuarista quem mais tem interesse em respeitar as regras, principalmente quem exporta, afirma. So criadores muito profissionais para correr este risco, reitera o diretor-tcnico de uma empresa fabricante de medicamentos veterinrios, Henry Berger. Para ele, o mesmo se aplica aos frigorficos. J a metodologia utilizada pelas autoridades sanitrias americanas posta em questo pelos trs. "O comum sempre foi a anlise de tecidos do fgado e do rim dos animais. Mas, de um tempo para c, ou a se considerar tambm tecidos musculares. E isso parece ter sido decidido unilateralmente, sem embasamento tcnico", acredita o veterinrio e gerente tcnico da mesma empresa, Edson Luiz Bondin. Pires, da Embrapa, questiona tambm os nveis de aceitao, deliberados pelos americanos. "Na Europa, os nveis permitidos so outros", diz ele, reforando da tese de que o embargo se vale de argumentos tcnicos para no ser classificado como uma possvel barreira comercial. Fonte: O Estado de So Paulo. Por Leandro Costa. 24 de agosto de 2011.