Os agricultores gachos que foram afetados pela estiagem esto recebendo novas sementes de milho. A maior parte dos gros ser destinada produo de silagem usada na alimentao do gado.
Metade dos nove hectares plantados com milho foi perdida na propriedade do agricultor Joo Dias Artigas, em Getlio Vargas, no norte do Rio Grande do Sul. O produtor, que decidiu aproveitar a distribuio de sementes para fazer novo plantio, quer usar o gro para fazer silagem e reduzir os custos com o gado.
De acordo com o ltimo levantamento feito pela EMATER, houve queda de 46% na produo de milho no estado relao safra de vero ada. Quem perdeu a lavoura no precisar pagar pelas sementes retiradas atravs do programa troca-troca do governo do estado. J o agricultor que pegar a semente agora pagar quando a safra for colhida. Apesar da Secretaria Estadual de Agricultura disponibilizar mais 40 mil sacas de semente de milho, nem todos os agricultores podero aproveitar.
“Dentro do estado o relevo no o mesmo. Ento, nas regies mais altas, de clima mais frio, se a pessoa plantar a safrinha, de repente, pode gear cedo e ocorrer perda da safrinha. Mas em grande parte de regies do Rio Grande do Sul, com clima mais quente, pode e deve ser plantado”, diz Aglademir Martinello, tcnico agropecurio da Emater.
A saca, que sai por R$88,00, custa cerca de 30% do valor que cobrado no mercado. A medida ir beneficiar mais de nove mil agricultores de todo o Rio Grande do Sul. O produtor, que deve estar inscrito no Pronaf, pode retirar at duas sacas de 20 quilos.
“Todo agricultor pode buscar junto prefeitura e ao sindicato que tem convnio com o governo do estado para pegar esse milho. Cada agricultor pode retirar at duas bolsinhas de milho para fazer o plantio emergencial”, explica Eloir Griseli, coordenador da Secretaria do Desenvolvimento Rural.
O campo j estava preparado para receber a semente na propriedade da famlia Klinkoski, aonde o milho mal chegou e j foi semeado. “A gente est investindo de novo para ver se chove e tentar recuperar um pouco a perda da silagem”, diz a agricultora Adriana Klinkoski.
Fonte: Globo Rural. Pela Redao. 3 de fevereiro de 2012.