Scot Consultoria
scotconsultoria-br.noticiascatarinenses.com

Opo por fmeas e animais jovens eleva em 12% abate de gado em MT 205v23

por
13/02/2012 - 09:21
O crescimento do rebanho bovino total de Mato Grosso no ano ado, que acumulou alta de 1,4%, exerceu parcela de contribuio para ampliar o abate de gado na unidade federada. Na comparao 2010 e 2011, pecuaristas colocaram disposio dos frigorficos um volume de animais 12,4% maior. Na prtica, os abates avanaram de 4,333 milhes a outros 4,8 milhes de cabeas, segundo balano apresentado nesta sexta-feira (10) pela Associao dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT). Para o superintendente da entidade, Luciano Vacari, o estado s conseguiu ofertar um nmero maior de gado porque recorreu ao plantel de fmeas. Em 2011, dos mais de 4,8 milhes de bovinos fornecidos, 44,6% eram fmeas. Outros 55,4% machos. A utilizao de fmeas em 2011 foi a maior desde 2006, quando correspondeu a 49,4%. "Se no tivssemos utilizado as fmeas no alcanaramos os 4,8 milhes de animais. Mas se continuar assim pode chegar a uma hora em que comprometer o crescimento [do rebanho]", disse Vacari. Ao mesmo tempo em que o uso das fmeas ajudou o estado a elevar seu volume de abates, o superintendente da ACRIMAT lembra que a introduo constante compromete a expanso do plantel no estado. O nascimento de bezerros caiu 3,5% de 2010 para 2011. "A queda no nascimento de bezerro foi consequncia da seca, morte de pastagem, cigarrinhas e outros fatores que diminuram a oferta de alimentos, mas o descarte de fmeas poderia ter sido ainda maior, pois a funo da vaca procriar e vaca vazia tem que ir para o abate", frisou Luciano Vacari. Conforme o dirigente, a opo pelas fmeas s ocorreu porque o pecuarista mato-grossense buscou alternativas para possibilitar o giro econmico. "S abatemos fmeas em perodos de crise. O que aconteceu em 2011 que o nvel de abates de fmeas foi igual ao de 2005, 2006, 2007, quando tivemos uma crise muito grande e vimos os reflexos disso em 2008, 2009, 2010 e 2011. A primeira coisa que vai para abate a fmea. Seria uma otimizao do recurso pelo que o pecuarista tem", frisou Vacari. O uso de tecnologias pelos pecuaristas tambm originou um novo cenrio em Mato Grosso. Animais cada vez mais novos sendo enviados para o abate. Isso tudo, segundo o setor, graas ao confinamento e semiconfinamento. Somente o abate de machos com menos de 24 meses avanou 30,7% entre 2010 e 2011, conforme demonstrou a ACRIMAT baseada em dados compilados pelo Instituto Mato-grossense de Defesa Agropecuria (INDEA) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuria (IMEA). O aproveitamento dos animais com a referida faixa etria evoluiu de 65,8% em 2010 para outros 70,8% em 2011. "No conseguiramos abater mais animais com o nascimento menor [de animais]. A cada ano abatemos animais jovens e menos velhos. o futuro da pecuria e isso mostra que somos competitivos", frisou o dirigente. Fonte: Globo Rural. Por Leandro J. Nascimento. 12 de fevereiro de 2012.