A taxa anual de desmatamento da Amaznia, divulgada nesta segunda-feira (5/12) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 6.238 km, mantm a tendncia de queda da derrubada e a menor desde o incio do levantamento, em 1988. Com a devastao em queda, o governo quer agora investir na recuperao de reas do bioma que j foram desmatadas e esto abandonadas.
"O que est em debate hoje no s coibir o desmatamento, temos que avanar em relao ao que est em regenerao na Amaznia. preciso avanar no monitoramento dessas reas em regenerao", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a apresentao dos dados.
Cerca de 20% de toda a rea j desmatada na Amaznia so ocupadas por vegetao secundria, reas que se encontram em processo de regenerao avanado ou que tiveram florestas plantadas com espcies exticas, de acordo com levantamento feito pelo Inpe e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa).
De acordo com o ministro da Cincia, Tecnologia e Inovao, Aloizio Mercadante, essas reas podero ser utilizadas como sumidouros de carbono, porque funcionam como absorvedoras de dixido de carbono, principal gs de efeito estufa.
"Se aumentarmos a fiscalizao, e aumentarmos a produtividade da pecuria que ocupa 62% das reas desmatadas poderamos, sem desmatar mais, transformar a Amaznia em um grande instrumento de sequestro de carbono, mudando totalmente o balano brasileiro de emisses", avaliou.
O diretor do Inpe, Gilberto Cmara, calcula que essa mudana do papel da Amaznia no cenrio brasileiro de emisses de gases de efeito estufa deve ocorrer nos prximos anos.
"A recomposio da floresta, junto com as medidas do Plano Nacional sobre Mudana do Clima, que prev meta contnua de reduo do desmatamento, vai fazer com que a Amaznia, a partir de 2015, possa se transformar em um centro de absoro de carbono", disse ele.
Fonte: Agncia Brasil. Pela Redao. 6 de dezembro de 2011.