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Antecipao do plantio causa n logstico para soja e milho 1vt2s

por Equipe Scot Consultoria
04/03/2010 - 13:39
A logstica a responsvel por atravancar a comercializao da soja e do milho no Mato Grosso, seguida da infraestrutura e sobrevalorizao do real. Um dos motivos foi a antecipao do plantio da safra dos dois produtos, causada pelo excesso de chuvas, que antecipou tambm a colheita e apressou o escoamento da produo. De acordo com Joo Birkahan, coordenador do centro de comercializao de gros da Federao da Agricultura e Pecuria do Estado de Mato Grosso (Famato), a tarifao do frete sofreu um reajuste de 47,25%, se comparado ao mesmo perodo em 2009. Segundo o coordenador, outro agravante o fato de o Paran, como o Mato Grosso, ter adiantado o plantio da soja em funo da antecipao das chuvas nos meses de agosto e setembro. Como os dois estados iniciaram a colheita mais cedo, o Mato Grosso acabou sem opo de transporte para os gros. “Os caminhoneiros preferiram ficar no Paran. Esto mais perto de casa e vo faturar o mesmo”, afirma. Birkahan disse ainda que as condies das estradas, principalmente da BR 163 - que liga Cuiab (MT) a Santarm (PA) - so precrias, o que contribui para a deciso dos transportadores. “A soja hoje comercializada apenas da mo para a boca”, diz. Alm da falta de transporte e das ms condies das rodovias, clculos do coordenador apontam que em 2009, o frete de R$210 por tonelada, com o dlar cotado a R$2,30, resultava em uma despesa de US$91,30 por tonelada. Hoje, o frete ou para R$240, com o dlar a R$1,79, com gasto de US$134,07 de frete. “Sinal de que o governo [federal] no est fazendo direito o dever de casa.” As cerca de nove milhes de toneladas de milho da safra ada que ainda ocupam os silos, segundo Rafael Ribeiro de Lima Filho, zootecnista e consultor da Scot Consultoria, precisam ceder lugar para a soja. “Isso ajuda a pressionar para baixo o preo do milho ao produtor”, afirma. Levantamento do centro de comercializao de gros da Famato estima quatro milhes de toneladas de milho nas mos dos produtores mato-grossenses. Para o consultor, apoio do governo federal por meio de leilo Prmio de Escoamento por Produto (PEP) seria uma opo de soluo para o milho estocado. Filho explicou que em muitas regies, principalmente no centro-oeste do Mato Grosso, o preo da saca de 60 quilos de milho praticado no paga o custo de produo ou acarreta prejuzo para o produtor. Em Sorriso, por exemplo, o gro negociado a R$8,00, ante um custo de R$17,00. Em contrapartida, com a soja, a maior quantidade de oferta e a questo da logstica so os viles dos preos baixos praticados hoje. De acordo com Filho, a soja tem custo mdio de produo de R$29,30 e vendida a R$28,00. Estatstica do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuria (Imea) indica que 50% da rea plantada de soja no estado j foi colhida, o que corresponde a 3.061 milhes de hectares. “Coincidentemente 50% da soja j foram comercializados, por meio de contratos fsicos, para entrega futura”, comenta o coordenador. Segundo Birkahan, at o fim do ano, 12 milhes de toneladas de milho mais 18 milhes de soja tero de ser escoadas. “Em junho deve entrar 8 milhes de toneladas da nova safra de milho.” Argentina Para o coordenador, o anncio dos argentinos de que vo paralisar a comercializao da safra 2009/2010 da soja em apoio aos produtores de trigo, que protestam contra poltica do governo local para o cereal, deve causar no mercado apenas um efeito psicolgico. “Pode fazer o mercado correr um pouco, mas o impacto ser apenas psicolgico. Eles no pararam de produzir”, diz. A logstica a responsvel por atravancar a comercializao da safra de soja e de milho no Mato Grosso. Segundo especialistas do setor, um dos motivos do caos no escoamento da produo foi a antecipao da safra de ambos os produtos, causada pelo excesso de chuvas, que antecipou tambm a colheita. De acordo com Joo Birkahan, coordenador do centro de comercializao de gros da Federao da Agricultura do Mato Grosso (Famato), o frete teve um reajuste de at 47,25%, na comparao com o mesmo perodo do ano ado, o que aumentou os custos para o produtor, que tambm enfrenta problemas de infraestrutura e de cmbio. Fonte: DCI. Agronegcios. Por Alcia Pontes. 4 de maro de 2010.