Juros: ainda somos lderes 5d1tv

Mesmo com a menor taxa de juros dos ltimos dez anos, o Brasil amarga primeira posio em termos de taxa de juros real (descontada a inflao). A taxa hoje em 13,75% ao ano tem como equivalncia 9,3% ao ano quando descontada a inflao projetada para os prximos doze meses. A Turquia, segunda colocada, pratica uma taxa de 6,2%, seguida da China com 4,8%. O que indica, em termos comparativos, que h muito espao para reduo. Mesmo com juros menores, mas ainda elevados, esses no so por si s indutores de crescimento da economia. O pas perdeu competitividade internacional e atrai menos capital para investimentos. Enquanto em 2005 o mundo observou um crescimento nos investimentos produtivos na ordem de 29%, o Brasil apresentou queda de 17%. No segundo trimestre deste ano os investimentos internos caram 2,2%. Portanto o indicativo que, sem investimentos agora, o crescimento econmico futuro ainda ser tmido. Alm desses aspectos no se observa um planejamento estratgico para retomada do crescimento. Os gargalos ainda so desafios e acima de tudo no h clareza no tamanho do aperto fiscal, necessrio para inibir o crescimento do endividamento interno e abrir espao para novos ajustes, para baixo, da taxa de juros. Resumo: deveremos nos contentar com crescimento econmico em 2007 de no mximo 3,5%, muito baixo para nossas necessidades. _______________________________________________________________________ Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitrio, ps-graduado em Engenharia Econmica, mestre em Comunicao. Atualmente, delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas reas econmico-financeira, diretor da Associao Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justia do Trabalho e Cvel (percia econmico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Cincias Econmicas, comentarista econmico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritrio de Economia ECONOMI@ Online.