Os nmeros apontam para o bom desempenho no setor de bens durveis (automveis, eletro-eletrnicos).
Bem, at a tudo normal, afinal estamos exatamente espera de bons resultados da atividade econmica.
O que surpreende e at chama a ateno a custa de que ocorrem essas vendas.
Os financiamentos com prazos elevados esto levando a antecipao de compras.
As grandes redes de magazines e montadoras possuindo recursos prprios ou at mesmo de terceiros (nacional ou estrangeiro) esto "bancando" esse jogo: esticam prazos a "perder de vista", cobrando juros que aparentam ser baixos, mas como so capitalizados com juros compostos assumem patamares exorbitantes.
Isso gera um gasto antecipado de renda e em muitos casos, leva ao desequilbrio financeiro no curto prazo.
O consumidor ao optar por essa prtica de gastar sem ainda possuir a renda, cai na armadilha dos prazos dilatados. Verifica o valor da prestao e se essa se encaixa no oramento familiar, no pensa duas vezes em adquirir os bens, alguns necessrios, outros nem tanto.
certo que movimenta a economia, mas certo tambm que ali na frente teremos problemas: pode crescer a inadimplncia.
Isso pode ser verificado medida que a renda das pessoas jamais crescer na mesma dimenso dos juros cobrados. Gera um desequilbrio nessa relao.
O consumidor deve redobrar sua ateno, procurar adquirir bens dentro do limite de sua renda e ficar de olho nos juros, muitos deles "mascarados", embutidos no credirio.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitrio, ps-graduado
em Engenharia Econmica, mestre em Comunicao. Atualmente, Conselheiro do
Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas reas
econmico-financeira, diretor da Associao Comercial e Industrial de Bauru,
perito habilitado para atuar em processos na Justia do Trabalho e Cvel
(percia econmico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Cincias
Econmicas, comentarista econmico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do
Escritrio de Economia ECONOMI@ Online.