Pequena inflao semelhante pequena gravidez 74p17

Pronunciamentos dos representantes da equipe econmica indicam que o Governo Federal no cumprir a meta mxima do patamar da inflao anualizada que de 6,5% ao ano. A meta fixada de 4,5% podendo, no limite, atingir, dois pontos percentuais a mais. Alegam que os preos internacionais das commodities so os principais fatores para que a inflao no seja controlada como planejado. Mesmo considerando este ambiente hostil para um controle mais acentuado dos preos internos, o governo no pode abrir a guarda. Nosso ado em termos de inflao nos condena. Vivenciamos por dcadas preos fora de controle. Criamos a chamada correo monetria, que, se no nos levou a hiperinflao, tambm no permitiu que a mesma casse. A engenharia do plano Real nos colocou no rol dos pases que controlam adequadamente os preos, mas isso pouco. No compartilho com aqueles que entendem que somente com poltica monetria restritiva que se controla a inflao. Na prtica preciso atacar as inmeras frentes que causam o aumento de preos, a comear pelo controle dos gastos pblicos. Outro fator relevante o efeito da indexao de preos, que mesmo sendo minimizado, toda vez que a inflao ada se eleva, gera um foco novo de inflao. Tambm possvel o controle setorial de preos, enfim, preciso sair da mesmice no controle inflacionrio brasileiro dos ltimos anos. Mesmo no compartilhando da premissa citada, avalio que, quando h presso muito forte, com focos evidentes de inflao, toda munio deve ser utilizada. Entendo que o atual governo no quer comprometer o crescimento econmico e com ele a gerao de empregos, mas uma questo de escolha, optando pelo bem maior, que neste momento controle dos preos. Assim, utilizar-se da poltica monetria em toda sua dimenso e ao mesmo tempo agir no controle das demais variveis j citadas, ofereceria ao mercado a rao que ele deseja: austeridade com estratgia. Sempre vale lembrar que inflao no Brasil, mesmo que pequena, semelhante uma pequena gravidez, uma hora cresce, portanto, todo cuidado pouco.