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A preservao da misria florestal na Amaznia 4w3o2f

por Ciro Siqueira
21/11/2011 - 17:07
Enquanto o mundo se preocupa com as florestas amaznicas o povo da Amaznia tem uma das piores condies de vida do planeta. A concluso do estudo “A Amaznia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milnio”, feito por incrvel que parea, pelas prprias ONGs que tocam a estratgia de preservao regional. De acordo com o estudo, cerca da metade desta populao encontra-se abaixo da linha da pobreza, apesar dos vastos recursos naturais. A situao mais crtica na Amaznia boliviana (60%), equatoriana (59%), peruana, na Guiana Inglesa (54%), Venezuela (52%) e Suriname (51%). A mortalidade infantil na Amaznia bem maior do que a media nacional dos pases. Na Amaznia boliviana, a mortalidade infantil est acima das regies mais pobres do mundo, so 73 casos por mil nascidos vivos, e na Amaznia peruana 38 casos por mil. Em alguns pases, a desnutrio nas regies amaznicas atinge um quarto da populao infantil. As maiores taxas encontram-se no Peru (24%) e na Bolvia (21%). O estudo mostra que o analfabetismo na Amaznia est acima do limite internacionalmente considerado como crtico pela UNESCO, que de 5%. Na Amaznia brasileira, mais do que o dobro (11%) e na Amaznia boliviana 17%. Todos os outros pases da pan-amaznia apresentam nmeros acima desse nvel crtico, com 8% na Amaznia peruana, 6,5% na Amaznia equatoriana e 6% na Amaznia venezuelana. Em relao sade, o estudo mostra que na Amaznia, o o a um sistema de qualidade limitado em comparao com a poro no amaznica dos pases avaliados. Os pases amaznicos tm entre 0,5 e 1,5 mdico para cada mil habitantes. Essa vulnerabilidade acentuada pela urbanizao descontrolada em razo de um forte xodo rural. A expanso urbana ocorre via de regra, sem saneamento bsico abrindo caminho para a proliferao de doenas e condies de vida execrveis. A propagao do vrus da AIDS aumentou nos ltimos anos em toda a regio amaznica. A tuberculose uma doena que est em baixa no mundo inteiro menos na frao amaznica do mundo. A incidncia desta doena nos pases amaznicos como o Peru e a Bolvia a mais elevada do planeta. O estudo aponta que na Amaznia, algo entre 400 mil e 600 mil pessoas contraem malria a cada ano. Embora a regio possua as maiores reservas de gua doce do planeta, boa parte da populao amaznica no dispe de gua prpria para o consumo. A Bolvia o pas com menor o a este direito fundamental. Estratgia de preservao da misria florestal As ONGs e o ambientalismo contemporneo no sabem o que fazer com a Amaznia. O problema deles que, s na Amaznia brasileira, vivem cerca de 25 milhes de pessoas que no so ndios nem seringueiros. Gente que foi instada pelo prprio Estado brasileiro a integrar a regio economia nacional. Os ciclos econmicos que se estabeleceram na regio foram os nicos que se conhece. Explorao de madeira, agricultura e pecuria induzindo uma economia de comrcio e servios e depois, aqui acol, economias industriais. Efeito colateral disto o desmatamento para o avano da fronteira. Instados a barrar o desmatamento para proteger a Amaznia os ambientalistas se ocuparam de asfixiar os ciclos econmicos normais. Deveriam pr outros no lugar, mas as alternativas todas so sonhatismos que viram pesadelatismos quando postos em prtica. Extrativismos, servios ambientais pelos quais ningum paga, biodiversidade que o Brasil preserva e os pases desenvolvidos de apropriam porque detm a tecnologia e o conhecimento para o desenvolvimento de frmacos. Nada disso substitui a economia convencional predatria. Mas, Marina Silva e suas ONGs no tm tempo para estes detalhes. Precisam salvar a me gaia do mal. Sarneyzinho, Marina Silva, Carlos Minc, todas as gestes adas do Ministrio do Meio Ambiente dedicaram-se a barrar o desmatamento pela asfixia da velha economia predatria sem se importar com o desemprego e a misria restante na esteira deste processo.