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O consumidor age - o mercado reage !!! 6v6r33

por Mauricio Palma Nogueira
27/11/2005 - 23:04
  • Entrevista baseada em pesquisa da AC Nielsen divulgada em 22 de novembro de 2005, pelo jornal Valor Econmico, relaciona a infidelidade do consumidor com a queda nos preos dos produtos industriais.
  • O consumidor brasileiro, que no se preocupa com marcas, tem conseguido reduzir os preos pela simples troca de produtos, buscando substituir marcas tradicionais por marcas novas que chegam ao mercado por valores bem mais baixos que os “top” de linha.
  • Na busca por reduzir o oramento familiar, o consumidor acaba diminuindo tambm os preos mdios dos produtos que chegam s vendas.
  • H algum tempo, o setor leiteiro relacionava-se a estas marcas, no caso de longa vida, como as “empresas Taleban”, que supostamente vendiam os produtos a um preo invivel.
    DESEMPENHO DAS MARCAS MENORES
  • Nos mercados de alimentos, bebidas, higiene e limpeza as marcas mais baratas conquistaram cerca de 50% dos consumidores, num primeiro momento. Porm a Nielsen aponta para o crescimento tambm das marcas intermedirias, que j respondem por 31% da preferncia dos consumidores nas gndolas. As marcas “top” somam 19% das vendas.
  • Por isso que, mesmo com o aumento no volume de vendas em torno de 5,8%, em 2005, o preo mdio dos produtos no evoluiu nem o suficiente para cobrir a inflao.
  • No caso da mercearia salgada, que engloba arroz, leo, po industrializado, massas, molho de tomate, etc., segundo classificao adotada pela Nielsen, houve um aumento de 7% nos volumes de venda, porm uma reduo de 13,8% nos preos, o que comprova a significativa reduo de margens das indstrias ao longo de 2005.
  • No setor de limpeza, multinacionais como a Unilever e P&G, que produzem as marcas Omo e Ariel, respectivamente, aram a investir em embalagens mais baratas, visando reduzir at 10% dos custos de seus produtos. Assim, conseguem ir para o mercado com preos mais competitivos. Alm das marcas baratas, as multinacionais enfrentam empresas brasileiras crescendo de maneira bem profissional, com pesados investimentos em marketing.
  • a competio refletindo nos preos de mercado.
    MAIS CONCORRENTES
  • A pesquisa tambm aponta para uma constatao de que as indstrias de bens no durveis cada vez mais enxergam o mercado de celulares, TV a cabo, internet e outros como concorrentes. Como o bolso do consumidor apenas um, o mercado destes bens acaba influenciando e exercendo presso sobre outros mercados. A Scot Consultoria vem h muito tempo relacionando o mercado de bens durveis, bens no durveis e o oramento do consumidor.
    MERCADO DE LCTEOS
  • O comportamento do mercado lcteo segue a mesma tendncia.
  • As cotaes do longa vida, produto referncia para o mercado de leite, em 2005 esto 2,8% inferiores aos preos mdios de 2004, em valores nominais.
  • Quando se inclui a inflao, os preos de 2005 esto 7% menores. E os preos de outubro e novembro esto 11% menores que a mdia de 2005. O ano tambm termina mal para a indstria, especialmente as posicionadas no mercado de leite longa vida (UHT).
  • Os queijos tiveram um desempenho melhor em 2005. Em valores nominais, os preos mdios estiveram cerca de 5% acima da mdia de 2004. Quando se computa a inflao, os queijos comercializados em 2005 valeram 0,17% menos que os de 2004. Para a indstria de queijo, o ano est chegando ao fim com preos 1% inferiores em relao mdia de janeiro a novembro.
    MAIS COMPETIDORES AINDA
  • Alm da crescente exigncia e ao criteriosa do consumidor, as indstrias tambm competem com outro gigante – o prprio varejo, as grandes redes.
  • Em So Paulo mais de 80% das vendas de longa vida so realizadas pelas grandes redes. As mesmas aplicam margens considerveis nos preos. Atualmente, a margem do varejo na venda de longa vida 15%. No mercado de queijos, essa margem sobe para 95%. Difcil, no?