O presidente da Associao Brasileira de Frigorficos (Abrafrigo), Pricles Salazar, disse que a extenso da desonerao tributria da carne bovina, suna e de aves para o varejo deve estimular o crescimento das vendas desses produtos. "Com o preo menor, os consumidores vo comprar mais, o que ir beneficiar toda a cadeia produtiva", afirmou o executivo. 65m1f
Nas projees da entidade, a desonerao anunciada na noite da ltima sexta-feira, (8/3) pela presidente Dilma Rousseff deve reduzir entre 10,0% e 12,0% o preo do carne bovina para os consumidores brasileiros. "Isso acontecendo, a indstria poder ter um crescimento importante daqui para frente", comemorou o executivo.
Segundo Salazar, os frigorficos j tinham iseno de PIS/Cofins para a carne bovina desde 2010 e para a carne suna e de aves desde 2011. O que aconteceu que esse benefcio no havia sido estendido, na poca, pelo governo federal para o varejo, o que onerava os produtos para os consumidores. "Na poca em que ns negocivamos a desonerao para a indstria, o governo no quis estender esse benefcio para o varejo porque alegou que perderia muita receita", explicou o presidente da entidade.
Isso fez com que os consumidores no sentissem os efeitos positivos da desonerao obtida pela indstria. Isso porque os supermercados aram a ter custos tributrios mais elevados, uma vez que no conseguiam compensar os crditos com impostos resultantes das negociaes com os frigorficos. "Em vez de obter um crdito de 100% da alquota de 9,3% de PIS/Cofins, os supermercados s podiam gerar crditos de 40,0% do total. O custo tributrio mais alto era reado para os consumidores, elevando o preo dos produtos", disse.
O executivo explicou que isso tambm gerava um problema para os produtores de carnes, uma vez que os supermercados pressionavam as empresas para venderem seus produtos com margens mais baixas. "S que no podamos fazer isso, e o consumidor pagava essa conta. Por isso, consideramos que a desonerao da cesta bsica foi uma tima notcia para o setor. No h mais motivo para o ree dos custos tributrios para o consumidor", argumentou Salazar.
Fonte:Agncia Estado. Pela Redao. 9 de maro de 2013.