O Banco central divulgou que o Brasil zerou a dvida externa e, com isso, o mercado financeiro espera que o Pas obtenha uma boa nota de classificao de risco “o grau de investimento”.
Em 2002, nossa nota seria baixssima uma vez que a dvida externa brasileira era de US$165 bilhes enquanto as reservas internacionais eram de apenas US$16,3 bilhes.
A partir de 2003 as exportaes brasileiras, impulsionadas pelo crescimento da economia mundial, foram importante fonte de divisas para o Brasil. O Banco Central aproveitou essa entrada de capital para comprar dlares e aumentar as reservas em moeda estrangeira, que no final de 2007 chegaram a somar US$187,5 bilhes.
Parte desses dlares foi utilizada para antecipar o pagamento de vrias parcelas da dvida externa. Em 2005 acertou-se a divida com o FMI e em 2006 com o Clube de Paris e, com isso, todos os compromissos aps moratria foram cumpridos.
O aumento das reservas internacionais foi primordial para a reduo da dvida externa brasileira.
Mas no se animem h problemas internos a resolver, para crescer, um pas emergente precisa investir atravs da absoro de poupana interna.
A entrada de capitais reflete na taxa de cmbio, valoriza o real e atinge a balana comercial, o que reduz o supervit e causa dficit. Logo, o Pas ter que captar dinheiro e se tornar novamente devedor.
Segundo o Centro de Macroeconomia Aplicada da Fundao Getlio Vargas, as projees de mercado indicam que, em 2008, a economia brasileira voltar ao padro da dcada de 1990, ou seja, de financiamento externo.
Aps cinco anos de sucessivos supervits, em 2008, o Brasil ter dficit nas contas correntes, e com isso voltar ao comportamento latino americano de endividamento externo.
Alm disso, um balano de pagamentos financiado por fluxo de capitais e no por supervits comerciais mais instvel, principalmente nesse ano de incerteza econmica mundial decorrente da crise imobiliria americana. (AA)