Clima e dlar pressionaram preos de alimentos em maio, diz IBGE 6t502m

Problemas climticos e a taxa de cmbio foram os principais fatores que levaram alta dos alimentos e sua consequente presso sobre a inflao no ms de maio. A avaliao foi feira pela coordenadora dos ndices de preos ao consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), Eulina Nunes. 203c3t

Em maio, o ndice de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA), ndice oficial do governo, registrou avano de 0,74%. No acumulado do ano, o ndice de preos avanou 5,3%, e nos 12 meses terminados em maio, a elevao foi de 8,5%. O grupo Alimentao e Bebidas registrou alta de 1,4% no ms ado, com impacto de 0,34% no ndice geral, o maior entre os grupos de produtos analisados pelo instituto.

A cebola registrou a maior alta mensal, de 35,6%. Neste ano, o preo aumentou 100,4% e em 12 meses, 87,9%. O tomate subiu 21,4% em maio, 80,4% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano e 22,51% em 12 meses. "Esses itens tem sofrido um pouco com o clima, tendo em vista a chuva, que cria umidade nos frutos e isso faz com que o tratamento fique mais caro para os agricultores", Eulina Nunes, coordenadora de ndices de Preos ao Consumidor do IBGE.

Eulina destacou tambm a elevao do preo do po francs, que foi de 1,6% em maio, 5,7% nos primeiros cinco meses do ano 8,0% no perodo de 12 meses encerrado no ms ado. J as carnes industrializadas tiveram aumento de 0,9% em maio, 3,2% nos primeiros cinco meses do ano e de 6,9% em 12 meses.

"O dlar influenciou bastante. O pozinho, o po francs, to consumido entre os brasileiros, tem tido seus preos pressionados pelos custos do trigo, que importado, so cotados em dlar. O dlar tem pressionado tambm os custos da carne, tendo em vista a exportao", disse.

Entre os alimentos que tiveram baixa no ms de maio, o destaque a mandioca, com desvalorizao de 5,09%. No entanto, o produto ainda acumula alta de 1,1% de janeiro a maio e de 7,1% em 12 meses. O feijo carioca teve baixa de 4,2% no ms ado, mas acumula elevao de 22,9% nos primeiros cinco meses do ano e de 10,1% em 12 meses.

Fonte: Globo Rural. 11 de junho de 2015.