Inadimplncia no Brasil vai a 4,7% em maio, maior patamar em quase dois anos, diz BC 2x152u

A inadimplncia no mercado de crdito brasileiro subiu pelo segundo ms consecutivo em maio no segmento de recursos livres, chegando ao maior patamar desde 2013, acompanhada pelo aumento dos juros em meio ao aperto monetrio conduzido pelo Banco Central para domar a inflao. 6443n

No segmento de recursos livres, que possui taxas de juros livremente definidas pelas instituies financeiras, a inadimplncia foi a 4,7% em maio, ante 4,6% em abril, igualando patamar visto pela ltima vez em setembro de 2013.

Ao mesmo tempo, a taxa de juros mdia do segmento ou a 42,5% ao ano no ms ado, sobre 41,8% em abril, renovando recorde de alta da srie histrica iniciada em maro de 2011.

O movimento tem como pano de fundo a elevao na Selic adotada pelo BC desde outubro ado para arrefecer a persistente alta dos preos, que bateu em 8,47% nos 12 meses at maio, bem acima da meta do governo de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

Na ltima reunio do Comit de Poltica Monetria (Copom), no incio do ms, o BC elevou a Selic a 13,75% ao ano, dando pistas de novos aumentos pela frente em sua tarefa de ancorar as expectativas para a inflao no centro da meta no fim de 2016 com "determinao e perseverana".

O BC informou ainda que, no segmento de recursos direcionados (operaes que contam com taxas ou recursos definidos por normas do governo), a inadimplncia manteve-se em 1,2% em maio, enquanto a taxa de juros mdia avanou a 9,3%, sobre de 8,9% ao ano no ms anterior.

O spread bancrio (diferena entre o custo de captao e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos) subiu a 29,8 pontos percentuais no segmento livre em maio, contra 29,3 pontos percentuais em abril. No segmento direcionado, o spread tambm teve alta, de 0,1%, a 3,2 pontos percentuais.

O estoque total de financiamentos em maio subiu 0,7% sobre abril, a R$3,08 trilhes, recobrando algum flego aps modesta alta exibida no ms anterior, de apenas 0,1%. Em 12 meses a alta foi de 10,1%, ainda segundo o BC.

O estoque respondeu por 54,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ms, contra 54,3% do PIB em abril, em dado revisado pelo BC.

Fonte: Reuters. Por Marcela Ayres. 23 de junho de 2015.