Grupo Guerra lana plstico de milho com sa Limagrain 1y3h5f

O Grupo Guerra, importante player do setor de sementes no pas, com sede em Pato Branco (PR), est dando um o adiante na diversificao de seus negcios. Depois de trs anos de pesquisa, a empresa est lanando no mercado brasileiro um novo bioplstico de milho, que utiliza uma tecnologia desenvolvida pela Limagrain, cooperativa sa parceira da Guerra desde 2011. 4n4d21

"Estamos em um trabalho tcnico comercial, buscando companhias que usam esse tipo de produto para mostrar a aplicabilidade e o grau de confiana na qualidade do nosso biopolmero", afirmou ao Valor Ricardo Guerra, diretor executivo do grupo. "Estamos confiantes em vendas j neste segundo semestre de 2015", acrescentou ele, que trata o projeto como um reforo meta da Guerra para alcanar R$1,0 bilho em faturamento na prxima dcada.

Na Frana, a Limagrain trabalha com o bioplstico h pelo menos sete anos, em um portflio que conta com sacolas, filmes plsticos e lonas usadas na produo agrcola. No Brasil, a Guerra focou no apenas em sacolas, mas tambm em embalagens e envelopes para entregas como os usados pelos bancos no envio de cartes de crdito, ou pelos Correios, no Sedex.

O plano que a demanda inicial seja atendida por importaes da Frana, mas o grupo paranaense est preparado para fabricar o produto no Brasil. "A obra civil ficou pronta. S faltam os equipamentos, que sero adquiridos quando entendermos que h demanda suficiente no pas", adiantou Guerra. A empresa investiu R$12 milhes na infraestrutura da unidade, instalada em Pato Branco, mas no revela quanto ainda ser gasto nos maquinrios. "Planejamos uma fbrica modular, que pode crescer bastante. Mas ela iniciaria com a mesma capacidade da fbrica sa", afirmou ele.

No a primeira vez que chega ao mercado nacional um plstico feito de milho. Segundo o empresrio, h materiais semelhantes, mas feitos a partir de amido, no de farinha, como permite a tecnologia da Limagrain cuja rota de produo inclusive mais barata. Alm disso, o novo biopolmero totalmente biodegradvel e compostvel, ressaltou ele. "H sacolas que se apresentam como biodegradveis, mas so produzidas com "oxi", que apenas fragmentvel. Ou seja, continua existindo e contaminando o ambiente, mas em partculas invisveis", disse. "J o nosso produto se desintegra e vira hmus".

Apesar do apelo ambiental, o produto de quatro a seis vezes mais caro que seus concorrentes derivados do petrleo. A queda dos preos do combustvel fssil nos ltimos anos desanimou muitos projetos no setor, porque aumentou a competitividade das resinas plsticas de base petroqumica. " um trabalho na contramo do mundo, mas vemos um potencial gigantesco. Apenas em envelopes desse tipo, o Brasil consome 60 milhes de unidades por ano", concluiu.

Alm do biopolmero, o grupo Guerra e a Limagrain tm negcios conjuntos nas reas de sementes de milho e de pes e bolos industrializados, com a marca Jacquet.

Fonte: Valor Econmico. Por Mariana Caettano. 20 de julho de 2015.