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Governo tenta evitar nova greve de caminhoneiros 5n1r44

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09/11/2015 - 05:56

O governo reforou as conversas para impedir a greve dos caminhoneiros, marcada para segunda-feira (9/11), em todo o pas. No Palcio do Planalto, a avaliao que a greve, se concretizada, pode provocar muita confuso e protestos contra a presidente Dilma Rousseff, justamente num momento em que a ameaa de impeachment contra ela comea a perder fora. 5d1k6g

A paralisao vista no Planalto como mais uma agenda negativa quando o governo tenta sair da crise poltica e votar at o ms que vem s medidas do ajuste fiscal, para dar um sinal de recuperao econmica.

Os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jos Eduardo Cardozo (Justia) foram encarregados por Dilma de monitorar o movimento e tentar impedir a greve. Preocupa o governo o fato de grupos favorveis ao impeachment da presidente se infiltrarem na paralisao dos caminhoneiros.

Para auxiliares de Dilma, o movimento de cunho "poltico" e pode provocar grave desabastecimento no pas, agravando a crise econmica.

A partir de sbado, sero acompanhadas movimentaes para identificar potenciais ameaas de fechamento de rodovias federais. Se isso acontecer, a Polcia Rodoviria Federal vai agir.

Histrico

A greve foi convocada pelo Comando Nacional do Transporte, que se declara independente de sindicatos. O movimento surgiu na internet e no tem personalidade jurdica. A pgina no Facebook foi criada em dezembro de 2014 pelo caminhoneiro autnomo Ivar Luiz Schmidt.

Schmidt decidiu usar as redes sociais para, segundo ele, representar direitos de caminhoneiros que no se sentiam representados por sindicatos tradicionais. So 26 mil seguidores no Facebook e 5,5 mil participantes em 58 grupos de Whatsapp. Ele diz que o movimento apartidrio, mas ite o cunho poltico.

No comunicado distribudo no fim do ms ado pela entidade, os trabalhadores informaram que a manifestao conta com o apoio de grupos que pedem a sada de Dilma da Presidncia, como o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua, o Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre (MBL).

Alm do pleito para reduo do diesel e da prorrogao das condies financeiras do Procaminhoneiro, programa de financiamento de caminhes do BNDES, Schmidt quer que o governo arque com os custos de um novo sistema de monitoramento dos caminhes.

Segundo ele, a partir de 16 de novembro, os caminhes sero obrigados a ter um tag que permite o acompanhamento do trajeto dos veculos e o envio de dados para a Agncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O dispositivo, diz Schmidt, ter um custo de R$250,00 para o caminhoneiro, alm de cerca de R$350,00 por ano que tero de ser pagos a sindicatos, a ttulo de taxa de servio para o envio dos dados para a agncia.

Sem unanimidade

Sindicatos j se manifestaram contra a paralisao. Em nota, a Confederao Nacional dos Transportadores Autnomos disse que repudia "qualquer mobilizao que se utilize da boa-f dos caminhoneiros autnomos para promover o caos no pas e pressionar o governo em prol de interesses polticos ou particulares".

Nelio Botelho, presidente do Movimento Unio Brasil Caminhoneiro, ao qual esto vinculados 107 sindicatos da categoria, tambm disse que no vai aderir paralisao. Em fevereiro o movimento apoiou o Comando. "No apoiamos a greve agora. um movimento poltico", declarou.

Fonte: Agrolink. 5 de novembro de 2015.