Brasil encolhe 3,8% em 2015, pior resultado em 25 anos; investimentos despencam 5tv1t

A economia brasileira encolheu 3,8% em 2015, o pior resultado desde 1990, com forte contrao nos investimentos e na indstria, sinalizando que uma recuperao est ainda longe em meio ao cenrio de desemprego e inflao elevados. 4m4bk

S no quarto trimestre de 2015, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) na quinta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 1,4% sobre os trs meses imediatamente anteriores. Sobre o quarto trimestre de 2014, a atividade despencou 5,9%.

Pesquisa da Reuters apontava que a economia teria queda de 1,5% entre outubro e dezembro na comparao com o trimestre anterior e de 6,0% sobre o quarto trimestre de 2014. Para 2015, as contas indicavam recuo de 3,8%.

Em 2014, o PIB cresceu apenas 0,1%, resultado que no foi revisado pelo IBGE.

O pas vive profunda crise econmica e poltica, em meio ao cenrio de inflao de dois dgitos, desemprego e juros elevados, que tem abalado ainda mais a confiana dos agentes econmicos e colocado desafios cada vez maiores para a presidente Dilma Rousseff, sobretudo no campo fiscal.

No quarto trimestre, o PIB encolheu em praticamente todos os indicadores, com forte destaque para os investimentos produtivos. Segundo o IBGE, a Formao Bruta de Capital Fixa (FBCF) despencou 4,9% no trimestre ado, comparado com o terceiro trimestre. E em 2015 todo, a retrao foi de 14,%.

A indstria caiu 1,4% no quarto trimestre sobre o imediatamente anterior, mesma queda registrada pelos servios. No ano, o recuo foi de 6,2% e 2,7%, respectivamente.

O consumo das famlias teve queda de 1,3% no trimestre ado, sobre os trs meses anteriores, enquanto o consumo do governo contraiu 2,9%o. No ano, as quedas foram de 4,0% e 1,0%, respectivamente.

Apenas a agropecuria cresceu em 2015 e no quarto trimestre: 1,8% e 2,9%, respectivamente.

Pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou que a projeo de que a economia brasileira continue recuando neste ano (-3,4%), com leve recuperao a partir de 2017, com crescimento de 0,5%.

Com a economia cada vez mais anmica, a necessidade de austeridade fiscal maior para estabilizar a dvida do pas cresceu bastante. Pesquisa Reuters mostrou nesta semana que, agora, os economistas consultados acreditam que preciso ter supervit primrio de 2,8 por cento do PIB para isso e que a economia brasileira voltar ao nvel pr-recesso apenas em 2019.

Fonte: Reuters. 3 de maro de 2016