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Taxa de desemprego continua em 11,8% no trimestre encerrado em outubro/16 393k2i

por Parallaxis
29/11/2016 - 16:00

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No trimestre mvel encerrado em outubro/16 (agosto-setembro-outubro), segundo dados do IBGE na PNAD Contnua, a taxa de desocupao foi de 11,8% da Populao na Fora de Trabalho. Tal resultado demonstrou avano de 0,2 p.p. ante trimestre anterior (maio-junho-julho) e avano de 2,9 p.p. na comparao com o mesmo trimestre encerrando em outubro de 2015. Ante o trimestre imediatamente anterior (julho-agosto-setembro/16) a taxa ficou estvel novamente, permanecendo no maior patamar j registrado da srie histrica, que teve incio em 2012. O resultado ficou marginalmente abaixo da nossa projeo, de 11,9% para a taxa de desocupao.

Na pesquisa apresentada pelo IBGE, a populao desocupada foi de 12 milhes de pessoas, permanecendo estvel em relao ao trimestre anterior e aumentando 32,7% (+3,0 milhes de pessoas) ante mesmo trimestre no ano anterior.

Por sua vez, a populao ocupada (89,8 milhes de pessoas) recuou 0,7% (-604 mil pessoas) em relao ao trimestre anterior (julho a setembro) e recuou 2,6% (-2,4 milhes de pessoas) contra o mesmo tri no ano anterior. O nmero de empregados com carteira assinada recuou 0,9% (-303 mil pessoas) ante o trimestre imediatamente anterior e retraiu 3,7% (-1,3 milho de pessoas) frente ao mesmo perodo de 2015.

Novamente, destacamos o movimento entre as pessoas que trabalhavam por conta prpria (21,7 milhes), que recuou 3,9% em relao ao trimestre de maio/16 a julho/16 (-891 mil pessoas), juntamente com Trabalhador no Setor Privado com Carteira, que recuou -0,9% (-303 mil pessoas) no mesmo perodo de comparao. Na comparao com o mesmo trimestre do ano anterior, os recuos foram de -3,2% (-725 mil pessoas) e -3,7% (-1,3 milho de pessoas), respectivamente.

O rendimento mdio real habitualmente recebido pelos trabalhadores na mdia do trimestre at outubro/16 (R$2.025) avanou 0,9% frente ao trimestre de maio/16 a julho/16 (R$2.006) e recuou 1,3% ante o mesmo trimestre de 2015 (R$2.052). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em outubro/16 (R$177,7bi) no teve variao significativa ante o trimestre de maio a julho de 2016. Ante o mesmo trimestre do ano anterior, a massa de rendimento recuou 3,2%.

Analisando a populao de trabalhadores ocupados por grupamentos de atividade, em relao ao trimestre de maio/16 a julho/16, considerando a margem de erro, os grupamentos que apresentaram queda foram: Agricultura, Pecuria, Produo Florestal, Pesca E Aquicultura (-5,0%) e Construo (-4,0%). Apenas os grupamentos de Alojamento e Alimentao (+6,2%) e Outros Servios (+3,2%) apresentaram incremento no perodo, enquanto os demais permaneceram estveis.

Contra o trimestre encerrado em outubro/15, os grupamentos que recuaram foram da Agricultura, pecuria, produo florestal, pesca e aquicultura (-5,1%), Indstria Geral (-9,1%), Construo (-6,6%), Comrcio, Reparao De Veculos Automotores E Motocicletas (-2,6%) e da Informao, comunicao e atividades financeiras, imobilirias, profissionais e istrativas (-5,8%). Com aumento no perodo apenas o grupamento de Alojamento e Alimentao (+7,4%), ao o que os demais ramos permaneceram estveis no perodo de comparao.

Analisando o rendimento mdio real habitual por grupamento, na comparao com o trimestre de maio/16 a julho/16, considerando a margem de erro, houve estabilidade em todos grupamentos, com exceo da Agricultura, Pecuria, Produo Florestal, Pesca E Aquicultura, que avanou 4,3% e do grupamento Comrcio, Reparao De Veculos Automotores E Motocicletas, que avanou 3,4%. Na comparao com o mesmo perodo do ano anterior todos grupamentos permaneceram estveis.

No prximo trimestre a tendncia de recuo marginal da taxa de desemprego devido a sazonalidade. Acreditamos que a renda e o emprego devem retomar a trajetria de queda, e a taxa de desemprego voltando a se elevar no 1o trimestre de 2017. A situao do mercado de trabalho seguir afetando negativamente a demanda agregada at que o desemprego se estabilize, juntamente com o rendimento real.

Com os dados mais recentes da inflao, j se constata que a deteriorao do mercado de trabalho tem corroborado com a dinmica da inflao, que tem surpreendido para baixo, especialmente neste 4 trimestre de 2016. Ainda que Servios estejam apresentando certa resistncia, mais a frente este grupo tender a ceder. Ademais o processo de ajuste no mercado de trabalho dever continuar at o 3 trimestre de 2017.

Mantemos nossa perspectiva de melhora na dinmica do mercado de trabalho apenas no segundo semestre de 2017, a medida que a expectativa com relao a demanda agregada futura for positiva e principalmente a eficincia marginal do capital compensar os investimentos a serem feitos. Para este fato se concretizar trs variveis sero chaves para serem acompanhadas, (i) o cmbio, (ii) a taxa de juros e (iii) a desalavancagem do setor privado. A taxa cambial, se seguir um novo ciclo de valorizao, poder abortar o processo de retomada, que tem acontecido via setor externo. A taxa de juros real precisa recuar de modo que possibilite a retomada dos investimentos de maneira mais ampla. Por sua vez, o processo de desalavancagem do setor privado ainda no se concluiu e o crdito caro e altamente restritivo tem contribudo para que esse processo se estenda por mais tempo.