Em mdia, os preos recebidos pelos suinocultores em So Paulo caram 15,1%, em valores nominais em 2018, na comparao com o ano anterior. Se considerarmos a inflao, a queda foi ainda maior. 2e4p3m
Para piorar, os custos de produo aumentaram. Em mdia, o produtor comprou 5,7 quilos de milho com um quilo de suno, frente aos 8,4 quilos adquiridos em 2017, ou seja, uma reduo de 32,3%.
No atacado, o movimento foi semelhante ao da granja, com o preo mdio at meados de dezembro, 14,2% menor que o registrado no ano anterior.
No segundo semestre, porm, a cotao se recuperou. De julho a dezembro, o preo do cevado subiu 28,3%. Alm do movimento sazonal de recuperao na segunda metade do ano, houve outros fatores, entre eles: a menor disponibilidade de animais e produtos, ada a crise com a greve dos caminhoneiros, e as exportaes ganhando ritmo, com o dlar favorvel.
No mbito externo, os embarques de carne in natura de janeiro a novembro foram 8,4% menores que no mesmo intervalo em 2017. No entanto, no segundo semestre, de julho a novembro o pas exportou 33,4% mais em volume que em toda a primeira metade do ano.
A Rssia, que foi a principal compradora do produto brasileiro em 2017, retomou as compras em novembro. Os russos haviam embargado as importaes do produto brasileiro em novembro de 2017.
Para 2019, se as reformas econmicas permitirem e os indicadores continuarem seu movimento de melhoria, a expectativa que a demanda domstica cresa. Junto a isso, h perspectiva de elevao na demanda internacional, especialmente para a China e para a Rssia.
Do lado da oferta, a Scot Consultoria projeta aumento entre 1% e 3% na produo de carne suna, frente a 2018.