Neste incio de 2006, o mundo assiste pasmo aos protestos de estudantes nas ruas das cidades sas. Mas por qu a revolta?
Os estudantes batalham por maior estabilidade nos empregos. Exigem que, por lei, o governo continue dificultando a dispensa de funcionrios. Com isso, os “patres” tm mais dificuldade em despedir, o que assegura maior nmero de empregos.
Ser? Parece que o empresariado brasileiro conhece essa histria.
Na Europa, pases como Alemanha, Itlia e Frana so mais inflexveis nas leis trabalhistas, dificultando a dispensa. Acreditam que, com isso, ajudam a aumentar o nmero de empregos. E justamente a perspectiva de mudana da legislao na Frana, tendncia tambm para Alemanha e Itlia, que est levando os estudantes s ruas. Querem manter leis inflexveis.
Trata-se de um raciocnio retrgrado, de praticidade cada vez menos vivel nos dias de hoje.
Em contrapartida a essa proteo do trabalho, existe o modelo anglo-saxnico, denominao usada pelos especialistas no assunto. Este modelo, adotado pela Gr Bretanha, na Europa, e pelos Estados Unidos, na Amrica, mais flexvel.
O raciocnio facilitar a dispensa em pocas desfavorveis empresa. Porm, em perodos melhores a empresa contrataria com maior facilidade, no pensaria duas vezes para contratar.
Qual o melhor modelo? Basta analisar os ndices de desemprego. Na Gr Bretanha e nos Estados Unidos esto por volta de 5%, enquanto Alemanha, Itlia e Frana possuem, em mdia, 10% de desemprego. O problema, segundo os europeus destes pases mais inflexveis, que grande parte dos empregos que so criados, so considerados ruins pelos seus jovens. Evidente, querem coisa melhor.
Porm, o mesmo vale para os jovens da Gr Bretanha e dos Estados Unidos: tambm querem melhores empregos.
A diferena que onde o francs, o alemo e os italianos vem uma ocupao humilhante, os americanos e ingleses enxergam uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho e se preparar para algo melhor. mais ou menos como aquela msica: Quem sabe faz a hora, no espera acontecer!
No de se irar porque algumas naes so mais ricas que outras. O tal “imperialismo” no imposto; apenas uma conseqncia de uma sociedade que privilegia a competncia – o ruim substitudo – e v o trabalho como uma oportunidade, e no como algo depreciativo.
J a Alemanha, Itlia e Frana, que tambm so pases ricos, assistem suas empresas mudando para outras regies, como Polnia, Amrica do Sul, China, etc. Essa inverso de valores de sua sociedade levar a um maior nmero de desempregos.
evidente que a inflexibilidade de leis trabalhistas inibe a criao de novos empregos e privilegia a incompetncia, algo to danoso s empresas.
para se raciocinar!!! E o Brasil? Para que lado pende o raciocnio de nossa sociedade, representada pelos nossos governantes? (MPN)