A aprovao do novo Cdigo Florestal Brasileiro visto como fator decisivo para alavancar o setor pecurio do estado do Mato Grosso. A urgente aprovao do novo Cdigo Florestal Brasileiro foi debatido ontem (18), em reunio da Acrimat.
Produtores, autoridades e polticos mato-grossenses defenderam ontem (18) a urgente aprovao do novo Cdigo Florestal Brasileiro, em tramitao na Cmara, como fator decisivo para alavancar o setor pecurio do Estado. Durante solenidade de posse do novo presidente da Acrimat (Associao dos Criadores de Mato Grosso), Jos Joo Bernardes, representantes do setor pecurio fizeram coro pela aprovao do Cdigo, que deve ser encaminhado ao Senado aps ar pelo crivo da Cmara.
“A aprovao deste cdigo essencial para definir as diretrizes do desenvolvimento agropecurio e destravar amarras ambientais”, destacou Bernardes. Ele afirmou que nos prximos dois anos a Acrimat estar atenta ao “encaminhamento coletivo das demandas” da classe e lembrou que at 2050 a pecuria se tornar na “principal atividade” econmica do mundo.
“Mato Grosso exemplo de produo sustentvel com respeito s leis ambientais”, disse Bernardes, assinalando que mais de 60% de todo o territrio mato-grossense ainda est preservado. “Identificamos por parte dos produtores uma harmonia muito forte entre produo e conservao”. Segundo o presidente da Acrimat, “h mais de trs sculos no se registra um grande desastre ambiental no pas. (A pecuria) uma atividade desenvolvida com extrema responsabilidade”.
Mrio Cndia Figueiredo, que deixou o cargo ontem, tambm defendeu a aprovao do Cdigo Florestal e fez crticas ao setor ambientalista. “Por estarmos na regio amaznica somos oferecidos como moeda de troca para resolver entraves diplomticos. Mas, nesta gesto, atendemos s solicitaes de reduo dos desmatamentos. Investimos para adequarmos legalidade, muitas vezes atendendo medidas inconstitucionais, por estarem expressos em portarias e decretos e, como conhecedor da regio Norte h 30 anos, posso garantir que o desmatamento na Amaznia mato-grossense quase zero desde 2004”.
O presidente da Federao da Agricultura e Pecuria do Estado (Famato), Rui Prado, disse que o setor agropecurio “tem muitos desafios para serem enfrentados e muitas questes para serem resolvidas em 2001”. Dentre eles, destacou a aprovao do novo Cdigo Florestal e do zoneamento scio-ecolgico. “A Sema (Secretaria Especial de Meio Ambiente) precisa desburocratizar algumas aes que emperram a aprovao de projetos sustentveis”, ressaltou. Para ele, o Estado deve entender a importncia da pecuria para a economia mato-grossense, procurando atuar em parceria com o setor privado.
Jilson Francisco, secretrio de Estado da Agricultura, garantiu que o poder pblico estar disposio dos pecuaristas para ampliar o elo com o setor produtivo. Ele defendeu a simplificao dos processos de aprovao de empresrios do governo federal e props a mobilizao dos Estados da regio visando implantar as mudanas necessrias para facilitar o o dos produtores aos recursos do FCO (Fundo Constitucional Centro-Oeste), voltados para fomentar o desenvolvimento regional. Jilson quer que mais recursos sejam disponibilizados a projetos que visem apoiar a integrao lavoura-pecuria e a recuperao do solo. Segundo ele, o risco operacional dos emprstimos relativos ao FCO deve ar do Banco do Brasil para o Tesouro Nacional. “O o deve ser simplificado para que um maior nmero de produtores possam se beneficiar do crdito”.
Presente ontem ao Centro de Eventos da Acrimat, o senador Jayme Campos defendeu prioridade na aprovao do Cdigo Florestal. “Queremos que este cdigo respeite as particularidades regionais e seja compatvel com a nossa realidade”, frisou. O setor quer tambm que os recursos do FCO, reados pelo Banco do Brasil, sejam descentralizados para outras instituies, inclusive cooperativas de crdito.
Fonte: Dirio de Cuiab. 19 de janeiro de 2011.