O mercado de lácteos trabalha em pressão de baixa. Neste inverno, reduções de preços consecutivas têm sido detectadas tanto para o atacado quanto para o varejo.
No atacado, a principal queda relaciona-se ao leite longa vida, com redução média de 8,01% em agosto, quando comparada a julho. Estas reduções vêm acontecendo desde maio, com um déficit acumulado de 9,25%, correspondente a R$0,14/litro.
O mesmo acontece no varejo, onde os leites fluídos (pasteurizado e UHT) foram comercializados, em média, a preços 8,55% menores que julho.
Uma das causas destas baixas de preços é a maior disponibilidade de produto no mercado, ocasionada tanto pela redução da sazonalidade da produção leiteira quanto pela queda no consumo de lácteos.
Tanto é que, em média, os preços dos lácteos no varejo caíram quase 4% em agosto. Foi a primeira vez no ano que a variação média foi negativa. Sinal que não está vendendo.
Em relação a agosto de 2007, os preços dos lácteos estão, na média, 9,8% mais baixos. No caso do leite UHT, por exemplo, é possível encontrá-lo nas prateleiras a valores 22% menores do que no mesmo período do ano ado, uma vez que naquela época o litro chegou a ser negociado a R$2,14, em média. Dependendo da marca, o consumidor pagava até R$2,50/litro.
A queda nos preços foi reada às indústrias, que receberam em agosto 24,4% menos pelo litro de leite longa vida, quando comparado há treze meses.
No caso do leite em pó, enquanto houve queda de cerca de 17% para a indústria, no varejo a retração foi bem menor, de 10% em média.
No curto prazo, os recuos de preços no atacado e varejo devem continuar. Aliados aos fatores já mencionados, a chegada das chuvas deve proporcionar uma maior disponibilidade de pasto para o gado, aumento da produção leiteira e, consequentemente, do volume captado pelas indústrias. A expectativa fica por conta da melhora nas vendas.
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