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Já quebramos muitos ovos e nada de omelete 256y30

por Reinaldo Cafeo g5x2x

Quarta-feira, 3 de maio de 2006 - 15h21

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia. 2wd2l


Risco país abaixo de 220 pontos. Dólar abaixo de R$ 2,09. Bolsa de Valores acima de 40 mil pontos. IGP-M com deflação de 0,42%. Superávit primário dentro da meta. Indicadores que falam por si só. Seriam parâmetros mais que suficientes para indicar que o país caminha a os largos para um crescimento sustentado. Seriam... Ocorre que esse desempenho está centrado no lado monetário da economia, composto pelos mercados de títulos públicos, da moeda estrangeira, isto é, do dinheiro. O mundo real, esse que produz bens e serviços, gerando emprego e renda, não vai tão bem assim. O crescimento da economia é modesto. O nível de desemprego está acima de 10%. A renda média do trabalhador cresce a custa da redução do contingente de trabalhadores. O crédito para as pessoas físicas e empresas de pequeno porte é proibitivo. O setor primário da economia padece sem garantias mínimas e protestos de toda ordem. A classe média não sabe mais o que fazer para garantir um mínimo de qualidade de vida. Muitos dizem que “é preciso quebrar o ovo para fazer omelete”, quando se referem a primeiro estabilizar a economia para depois voltar a crescer, entretanto, já estamos quebrando esses ovos há mais de 10 anos e nada de omelete. Tomara que esse bom momento do lado monetário contagie o mundo real, caso contrário, só ofereceremos a ração que as minorias desejam.
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