Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia. 2wd2l
Risco país abaixo de 220 pontos. Dólar abaixo de R$ 2,09. Bolsa de Valores acima de 40 mil pontos. IGP-M com deflação de 0,42%. Superávit primário dentro da meta. Indicadores que falam por si só.
Seriam parâmetros mais que suficientes para indicar que o país caminha a os largos para um crescimento sustentado. Seriam...
Ocorre que esse desempenho está centrado no lado monetário da economia, composto pelos mercados de títulos públicos, da moeda estrangeira, isto é, do dinheiro.
O mundo real, esse que produz bens e serviços, gerando emprego e renda, não vai tão bem assim.
O crescimento da economia é modesto. O nível de desemprego está acima de 10%. A renda média do trabalhador cresce a custa da redução do contingente de trabalhadores.
O crédito para as pessoas físicas e empresas de pequeno porte é proibitivo. O setor primário da economia padece sem garantias mínimas e protestos de toda ordem. A classe média não sabe mais o que fazer para garantir um mínimo de qualidade de vida.
Muitos dizem que “é preciso quebrar o ovo para fazer omelete”, quando se referem a primeiro estabilizar a economia para depois voltar a crescer, entretanto, já estamos quebrando esses ovos há mais de 10 anos e nada de omelete.
Tomara que esse bom momento do lado monetário contagie o mundo real, caso contrário, só ofereceremos a ração que as minorias desejam.
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