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O Brasil está ou não blindado? 436m2h

por Reinaldo Cafeo g5x2x

Segunda-feira, 24 de maio de 2010 - 14h28

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia. 2wd2l


Em meio à crise americana, que por sinal a cada momento observa novos lances, a pergunta que se apresenta é: o Brasil está mesmo blindado? Em outras palavras: será que o país ará ileso no que se refere às conseqüências da crise imobiliária americana. O comportamento até este momento indica uma resposta positiva. Talvez pudéssemos substituir a palavra blindado por algo como “melhor preparado”. Os indicadores são favoráveis: reservas cambiais confortáveis para o padrão histórico brasileiro; relação dívida/PIB em queda; política monetária conservadora; inflação dentro da meta estabelecida; superávit primário, entre outros. Temos ainda em nosso favor, por incrível que pareça, a maior taxa de juros do mundo, que se apresenta como um verdadeiro oásis para o capital estrangeiro. A postura conservadora do governo brasileiro nas práticas das políticas fiscal (política tributária e política de gastos) e monetária (juros, compulsório, etc.) garante neste momento mais “robustez” para enfrentar a crise que se apresenta. A preocupação advém de uma eventual queda da demanda mundial, atingindo fortemente nossas exportações, notadamente de commodities, expoentes de nosso comércio internacional. Isso de certa maneira já se refletiu nas fortes oscilações ocorridas no mercado acionário nesta semana. Em tempos outros o lado monetário da economia já teria contaminado fortemente o lado real da economia (produção e geração de empregos/renda). A constatação é que as conseqüências ainda são marginais. Até agora estamos reagindo de forma madura e garantindo que a dinâmica da economia se sobressaia diante das incertezas externas. Poderíamos neste momento estar muito mais tranqüilos, pois não aproveitamos o “céu de brigadeiro” dos últimos anos para alicerçar ainda mais os fundamentos da economia, mas temos que itir: estamos enfrentando essa crise em uma zona de conforto, ou seja, melhor preparados. Isso tudo não pode ser sinônimo de acomodação, pelo contrário, é nesta hora que se deve redobrar a atenção e tirar proveito, afinal, é em momentos de crise que se apresentam as melhores oportunidades. Não sabemos o tamanho do buraco, entretanto só de já ter caído em um, nos garante outros contornos, diferentemente do ado não muito remoto.
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