Zootecnista pela UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, consultor de mercado. Coordenador da divisão de mercado de reposição e de planilhas eletrônicas de custos da atividade agropecuária. Atua nos Diagnósticos e Análises Técnicas e Econômicas (DATE) realizados pela empresa. Editor chefe da Carta Gestor. Editor chefe da Carta Boi. Editor chefe do informativo Tem Boi na Linha. Contrate uma palestra de Gustavo Aguiar 1z4i3c
Com a valorização do dólar, as exportações, como um todo, estão respondendo positivamente, considerando o volume embarcado. Tabela 1.
Para a soja grão, por exemplo, as exportações de maio, 7,28 milhões de toneladas, representaram o maior volume mensal já registrado, mesmo frente à baixa disponibilidade do produto no mercado.
Mas vamos à carne bovina.
Na figura 1 estão os embarques de carne bovina in natura e a cotação do dólar nos últimos doze meses.
Segundo informações compiladas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), os embarques de carne in natura representaram 75% do total de carne e derivados bovinos exportados em 2011.
O volume embarcado em maio último, 83,1 mil toneladas métricas, foi o maior desde julho de 2010, quando exportamos 101,67 mil toneladas.
No acumulado de janeiro a maio de 2012, o total de carne in natura exportada foi de 339,5 mil toneladas métricas.
O volume representa um aumento de 3,1% na comparação com igual período do ano ado.
O faturamento com o comércio externo de carne in natura também está maior que em 2011.
De janeiro a maio de 2012, a receita foi de US$1,653 bilhão, frente a US$1,643 bilhão no último ano. Portanto, a alta é de 0,7%.
O aumento da receita (0,7%) inferior ao crescimento do volume (3,1%) se deu em função da redução do preço médio da tonelada exportada.
Em 2012, até o momento, está em US$3,750 mil/t, frente a US$3,835 mil/t em 2011.
Diante do quadro geral esperado para este ano, boa oferta de animais no mercado interno e câmbio mais favorável, as expectativas são de recuperação no volume exportado, depois de quatro anos de redução.
Esta situação, somada ao bom patamar de preços da carne no mercado externo - historicamente falando, deve levar as exportações também a um melhor resultado em termos de faturamento este ano, caso não ocorram grandes reviravoltas no cenário internacional envolvendo os principais clientes brasileiros (Rússia, Hong Kong, Irã e Egito).
Isto contribui para amenizar a pressão de baixa para a carne no mercado interno causada pelo excesso de oferta.
O boi agradece.
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