Zootecnista 6q6j1w
Normalmente em maio as cotações do boi gordo caem. Isto ocorre devido à diminuição das chuvas, com consequente queda da capacidade de e das pastagens. Esse fenômeno provoca uma oferta concentrada, uma desova de final de safra.
Em levantamento realizado pela Scot Consultoria, entre 2000 e 2015, tendo como base a praça pecuária de Araçatuba/SP, foi possível observar uma variação das cotações em função dessa concentração de oferta. Veja na figura 1.
Quedas de preços em maio são mais frequentes que altas e ocorrem principalmente em função do aumento da oferta de bovinos (desova). Isso fica claro nesses 16 anos de série histórica, contemplando períodos de alta e de baixa de preços do ciclo pecuário.
No período a queda média foi de 1,9%, com valorizações em apenas dois anos. O maior recuo observado foi em 2003, de 4,8%. Em 2008 ocorreu a maior alta, de 4,1%, em um ano de forte alta das commodities.
Se considerarmos um período mais recente, uma média dos últimos cinco anos, a desvalorização média foi de 1,9%, semelhante ao comportamento considerando o intervalo maior.
O que esperar para o mercado em maio
Em abril, o preço médio do boi gordo, à vista, em Araçatuba fechou, em média em R$156,20. Aplicando a variação média de 1,9% sobre o preço de abril, teríamos para maio uma arroba de R$153,33 na média do mês, ou seja, muito próxima da referência vigente.
Esse quadro já reflete a maior oferta de rebanhos, a queda da temperatura e o espaçamento ou mesmo a falta de chuvas.
Para reter a boiada e atravessar esse período de queda de preços, somente se houve planejamento zootécnico e se a expectativa de preços futuros compensar as despesas com a suplementação alimentar demandada em cenários assim.
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