Acontece na China, mas pode interferir no mercado nacional. A ocorrência de gripe suína, aparentemente provocada pela bactéria Streptococcus suis já contaminou 198 pessoas e matou 36 desde junho de 2005. A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) ainda está investigando, mas aparentemente a transmissão da bactéria só ocorre com a ingestão de carne suína contaminada ou através do contato com os animais enfermos.
É uma notícia alarmante para o Brasil. A China é a principal compradora da soja brasileira. Em 2003, mais de um terço das exportações brasileiras foram para a China.
A China é a maior produtora de suínos do mundo, com um rebanho de 472,9 milhões de cabeças, metade do rebanho mundial. A alimentação desse plantel exige grandes volumes de grãos e se o mal se propagar, a importação pode ficar comprometida. Apesar de existir vacinação e não haver a intenção de sacrifício dos animais por enquanto, o consumo per capita de carne suína na China, atualmente em quase 55kg, pode diminuir em função da desconfiança da população em relação ao consumo seguro da carne.
MILHO
Os volumes de milho negociados continuam pequenos. A disposição dos compradores está frouxa, mantendo os preços estáveis.
A estratégia de venda comada do milho ou o armazenamento do grão, que vem sendo feito por muitos produtores, colaboram para a morosidade do mercado.
Entretanto os que aguardam pela comercialização de grandes volumes no segundo semestre podem não obter os resultados esperados.
Com o início da colheita da safrinha, a expectativa para os preços não é boa.
Além disso, as ordens de venda de milho nas regiões com safrinha, com maior disponibilidade do produto, pressionam os preços.
A adoção de venda parcelada é uma das ações aparentemente mais indicadas para o momento. As oscilações do câmbio, assim como as incertezas quanto ao volume real de milho disponível para o mercado interno podem alterar o rumo do mercado. Vendendo aos poucos, o risco é diluído.