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Scot Consultoria

E agora, com o "Grau de Investimento"? 5t16p

por Fabiano Tito Rosa 6q6s5v

Quinta-feira, 8 de maio de 2008 - 16h01

As cotações do couro verde, para variar, estão estáveis. No entanto, observa-se o início de pressões baixistas. Na verdade, os curtumes já tentaram, em outros momentos ao longo deste ano, derrubar as cotações da matéria-prima. Mas esbarram na oferta, extremamente reduzida. Agora, o volume de couro disponível no mercado, tanto verde quanto salgado, aumentou um pouco, graças à ligeira melhoria na oferta de animais para abate (reflexo do frio e da vacinação contra a febre aftosa). Ajuda o fato de o Brasil estar exportando menos, como foi apresentado, neste mesmo espaço, na edição ada. Mas o principal combustível para a pressão atual é a frouxidão cambial. A conquista do tal do “Grau de Investimento”, por parte do Brasil, favorece a valorização do real. A questão é simples. Com esse “título”, o Brasil a um atestado, para o mundo, de que é seguro investir por aqui. Porém, como o país não fez a lição de casa em termos de reformas (trabalhista, fiscal, etc.) e investimento em infra-estrutura, a maior parte dos investimentos externos tende a ser de origem especulativa, não de origem produtiva, o que favorece a apreciação cambial. Os mais pessimistas falam em câmbio a R$1,50 no final do ano. Os mais otimistas acreditam em algo entre R$1,60 a R$1,65 por US$1,00. Sem entrar na discussão técnica das previsões, o fato é que, ou muito ou pouco, o dólar deve cair mais. Para os exportadores, a notícia não agrada nem um pouco. E nunca é demais lembrar: cerca de 80% da produção nacional de couro é negociada no mercado externo. O setor, portanto, se prepara para um período de turbulências. SEBO EM QUEDA Retração de R$0,05/kg para o sebo bovino, tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul. Houve um ligeiro aumento de oferta. Primeiro, em função de uma maior disponibilidade de animais para abate. Segundo, por conta da melhoria do rendimento das graxarias, já que o frio dificulta a deterioração das matérias-primas (sobras/resíduos de abate). Na outra ponta, o frio leva a uma retração da demanda por parte do setor de higiene e limpeza. Coisa pouca, mas que exerce certa influência no comportamento do mercado. Os compradores afirmam que, a partir de agora, vão começar a testar o mercado, ou seja, derrubam R$0,05/kg e avaliam o comportamento da oferta. Se as compras continuarem correndo bem, derrubam mais R$0,05/kg na semana seguinte, e assim vai, até encontrarem o piso. É assim que os mercados funcionam.
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