O mercado atacadista de produtos lácteos, depois de quatro meses consecutivos de queda, ficou praticamente estável em dezembro.
Da mesma forma, o leite longa vida, que nesse período também vinha se desvalorizando, ganhou sustentação no último mês.
Embora o consumo do UHT esteja “patinando”, um pequeno reajuste foi necessário para ajustar as margens da indústria, que vinha sendo bastante prejudicada com a desvalorização de quase 70% do produto entre junho e novembro.
Apesar do reajuste, o preço médio do longa vida, R$1,36/litro, é a segunda menor cotação desde fevereiro de 2008.
O preço do leite pasteurizado também teve pequena valorização no último mês. A alta foi em média de 1,1%. O comportamento desse mercado é diretamente influenciado pelo UHT.
Os preços dos queijos no mercado atacadista, por outro lado, apresentaram queda em dezembro. Em média, a queda foi de 2%.
No varejo, considerando a média de preços de todos os produto lácteos pesquisados, houve ligeira alta (1,15%).
Os preços do longa vida ao consumidor, ao contrário do que ocorreu no atacado, caíram. Esse comportamento demonstra que o consumo do produto continua devagar.
Em dezembro, a margem de comercialização do leite UHT no varejo em relação ao atacado foi de 16%, a menor desde junho. Em 2009, a margem média foi de 18,4%.
No curto prazo, a expectativa é de que as vendas de lácteos permaneçam mornas em função das festas de final de ano e das férias escolares.
É preciso analisar, no entanto, que para janeiro o preço do leite ao produtor deve começar a estabilizar em algumas regiões. O preço da matéria-prima estável pode dar sustentação aos preços no atacado e varejo.
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