O consumo de leite, apesar de ser um tema muito discutido em diversos segmentos da cadeia leiteira, merece destaque continuadamente.
No Brasil, estima-se que o leite esteja presente em cerca de 90% dos domicílios no café da manhã. Mesmo assim, semelhante ao restante do mundo, o consumo de leite está fortemente ligado às crianças.
De acordo com a Láctea Brasil, ao longo da vida do brasileiro, é possível estimar que cerca de 35% do consumo de leite ocorre até os 12 anos de idade, cerca de 16% ocorre na adolescência e depois declina com o avanço da idade.
Com o envelhecimento, a taxa óssea no corpo diminui e indica-se a ingestão de cálcio, principalmente, para evitar maior perda óssea e futuros problemas no organismo. Como leite e derivados são importantes fontes de cálcio, seu consumo é recomendado por especialistas em saúde.
Entretanto, o declínio do consumo de leite no Brasil com o decorrer da idade, está relacionado especialmente ao hábito alimentar. Além da falta de costume no consumo, existe a idéia de que adulto não pode tomar leite porque não absorve todas as substâncias contidas no alimento.
Além dessa falta de hábito, existe o problema da renda brasileira, muito estreita para a maior parcela da população.
MUNDO
Para a maioria dos países, o consumo de leite segue comportamento semelhante. Nos Estados Unidos, a ingestão de leite também diminui com o decorrer da idade, é fato comum para a maioria dos países consumidores de leite.
Segundo informações do Dairysrhine, na infância norte-americana, o consumo per capita de leite é de cerca de 115 litros, em um ano. Já na adolescência, é próximo a 65 litros. Depois dos 40 anos, o consumo per capita diminui para valores próximos a 35 litros.
Na Austrália, a situação não é muito diferente. Tanto que entidades que promovem o leite, visando aumento de consumo, tem como público-alvo nas campanhas de marketing as pessoas entre 30 e 55 anos de idade.
FALANDO EM MARKETING
O Brasil está engatinhando no quesito marketing bem estruturado e funcional na cadeia láctea nacional. Existem entidades trabalhando com essa idéia, mas esbarram em falta de organização da cadeia como um todo, falta de verba e de conscientização de membros do setor para o bem comum, entre outras “faltas”.
Mas não é por falta de exemplos que funcionam, que o marketing institucional da cadeia do leite no Brasil não deslancha.
Austrália e Nova Zelândia são exemplos de marketing bem estruturado.
A DairyAustralia é uma instituição que promove a cadeia do leite na Austrália. Além de informar produtores, indústrias e consumidores, a DairyAustralia promove ações para fortalecer a imagem do leite, estimulando seu consumo. Também incentiva a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos. Tudo para fortalecer a cadeia.
Na Nova Zelândia, mais de 11,60 mil produtores são donos da Fonterra, uma multinacional que exporta seus produtos para mais de 140 países. Além da competência na produção, a Fonterra estabelece ações de marketing para a promoção de leite e derivados, informa os produtores e os demais elos da cadeia.
Promover os próprios produtos e atrair o lucro são objetivos de empresas como a Fonterra. Mas acima de tudo, está o ideal de fortalecimento do setor e sustentação do mercado.
No Brasil, ações deste tipo têm tudo para dar certo. O primeiro o foi dado e para seguir adiante, porque não copiar o que já funciona?
FONTES
http://www.lacteabrasil.org.br
http://www.dairysrhine.org
http://www.fonterra.com
http://www.dairyaustralia.com.au
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