O mercado de subprodutos do abate, como sebo e couro bovino, segue pressionado em 2025, refletindo diretamente no desempenho e na rentabilidade dos frigoríficos brasileiros. Embora sejam mercados menos íveis ao produtor rural, esses segmentos desempenham papel importante na precificação e agregação de valor à cadeia da carne bovina. 381f47
De acordo com Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria, o sebo bovino tem enfrentado forte concorrência do óleo de soja, especialmente no setor de biocombustíveis. A mudança de cenário ocorre em um momento em que o Brasil colhe uma safra recorde de soja, ampliando a disponibilidade de óleo vegetal e reduzindo os preços. “O óleo de soja, mais barato, ou a ocupar maior espaço na composição do biodiesel, reduzindo a participação do sebo”, afirma o analista.
Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que, entre janeiro e março deste ano, o uso do sebo bovino na produção de biodiesel caiu cerca de 20%, enquanto a participação do óleo de soja alcançou quase 80%. Esse cenário também impactou as exportações brasileiras. Os Estados Unidos, principal destino do sebo nacional, têm aumentado significativamente a importação de óleo de soja brasileiro, diminuindo a demanda pelo sebo.
Para mais informações, assista a entrevista completa, concedida para o canal Notícias Agrícolas.
Matéria originalmente publicada em: Mercado de sebo e couro enfrenta pressão com concorrência do óleo de soja e desaquecimento da demanda chinesa
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