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Scot Consultoria

USDA: safra de milho pode ser recorde nos EUA u734h

por Lorenzo Cracco s5f5g

Terça-feira, 20 de maio de 2025 - 16h30

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), apresentou no dia 12/5 seu primeiro balanço de oferta e demanda global de grãos para o ciclo 2025/26, com atualizações significativas que movimentaram o mercado de milho e soja. Além disso, foram atualizados números referentes ao ciclo 2024/25. n3j3p

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O relatório apresentou uma estimativa otimista para a nova safra em semeadura nos EUA, que pode se tornar a maior da história – 401,9 milhões de toneladas, superando o recorde anterior de 389,7 milhões registrado no ciclo 2023/24 e superando com folga o produzido na safra 2024/25, de 377,6 milhões de toneladas. 

Em paralelo, as exportações dos EUA também devem crescer, atingindo 67,9 milhões de toneladas, em comparação às 66,0 milhões estimadas para 2024/25. Outro setor que crescerá é o consumo interno, que deverá sair de 321,1 milhões para 324,8 milhões. 

Ainda assim, a elevação na produção supera em ritmo a expansão do comércio externo e do consumo interno, resultando em um acúmulo de estoques finais projetados em 45,7 milhões de toneladas – um aumento considerável frente às 35,9 milhões estimados para a safra anterior. 

Globalmente, o USDA projeta a produção total de milho em 1265,0 milhões de toneladas em 2025/26, com o uso doméstico também em alta, atingindo 1274,4 milhões. Ainda assim, os estoques finais mundiais devem recuar para 277,8 milhões de toneladas, ante 287,3 milhões na temporada anterior, evidenciando um equilíbrio mais justo entre a oferta e a demanda, apesar do conforto observado nos estoques dos EUA. 

Após a divulgação do relatório, a Bolsa de Chicago trabalhou com preços praticamente lateralizados, mas com um viés de baixa.

A reação do mercado está alinhada com a leitura de que, apesar de uma redução nos estoques globais, o cenário de oferta, especialmente nos Estados Unidos, segue confortável no curto prazo. 

Ressalta-se que Chicago vem em queda há praticamente um mês. Essa pressão foi exercida pelo andamento muito positivo do plantio norte-americano, que ocorre em ritmo acima da média histórica, impulsionado por condições climáticas amplamente favoráveis até o momento – veja mais no Boi & Companhia 1651.

Figura 1
Balanço de oferta e demanda (O&D) global de milho, em milhões de toneladas.

Fonte: USDA / Elaborado por: Scot Consultoria

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O relatório trouxe projeções consistentes para a próxima safra de soja nos Estados Unidos. A produção deve atingir 118,1 milhões de toneladas em 2025/26, uma leve queda em relação às 118,8 milhões estimadas para 2024/25. 

As exportações devem recuar para 49,4 milhões de toneladas em 2025/26, frente às 50,4 milhões previstas para o ciclo anterior – uma queda de cerca de 1 milhão de toneladas, o que deve reduzir a participação dos EUA no mercado global de soja de 28,0% para 26,0%. 

Por outro lado, o consumo doméstico segue em alta, com a demanda total projetada em 120,2 milhões de toneladas, impulsionada principalmente pelo aumento no esmagamento, que deve atingir 67,9 milhões de toneladas – cerca de 1,9 milhão a mais do que em 2024/25. 

Com isso, os estoques finais dos EUA devem ser de 8,0 milhões no ciclo 2025/26, frente a um estoque final de 9,5 milhões no ciclo 2024/25. 

No cenário global, a produção de soja em 2025/26 deve atingir 426,8 milhões de toneladas, frente a 420,9 milhões estimadas para 2024/25. As exportações mundiais devem crescer 4,0%, chegando a 188,4 milhões de toneladas, com destaque para Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que devem aumentar os embarques em 8,5 milhões de toneladas, compensando a retração nas vendas norte-americanas. 

A demanda mundial também avança, com o uso doméstico projetado em 424,1 milhões de toneladas, frente às 410,3 milhões do ciclo anterior. Ainda assim, os estoques finais globais devem subir ligeiramente, de 123,2 para 124,3 milhões de toneladas. 

Em Chicago, as cotações têm trabalhado para cima. Com estoques finais projetados para baixo e uma safra que será extremamente dependente do clima para que a produção estimada seja alcançada. Além disso, Estados Unidos e China parecem ter chegado a um acordo, o que deu esperanças de que a demanda chinesa pela soja norte-americana aumente, ajudando ainda mais as cotações. 

Com as recentes valorizações em Chicago, um viés de baixa para os preços da soja no Brasil se torna menos provável.

Figura 2.
Balanço de oferta e demanda (O&D) global de soja, em milhões de toneladas.

Fonte: USDA / Elaborado por: Scot Consultoria

Tabela 1.
Cotações de milho.








Fonte: Scot Consultoria - scotconsultoria-br.noticiascatarinenses.com

Tabela 2.
Cotações de soja.








Fonte: Scot Consultoria - scotconsultoria-br.noticiascatarinenses.com


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