Mercado de reposição - Edição 39 - Cotação da reposição cai em São Paulo 4r4zw

O mês de maio marca o início do outono e, com ele, o fim do período das águas - especialmente na região Sudeste do Brasil. Com a redução das chuvas, as pastagens começam a perder qualidade e volume, limitando a capacidade de e alimentar dos rebanhos. Diante disso, muitos pecuaristas se veem obrigados a vender, elevando a oferta no mercado.

No mercado do boi gordo, a situação não é diferente. Bovinos terminados em pasto, engordados durante o verão (período das águas), ficam prontos para o abate. Esse movimento gera uma concentração na oferta, pressionando as cotações. É o que está acontecendo.

Em São Paulo, recriadores e invernistas que vinham atuando com maior intensidade nas semanas anteriores, reduziram o ritmo das negociações. As transações ocorrem, porém com mais vagar e maior dificuldade na sustentação dos preços. Essa desaceleração está ligada à queda na cotação da arroba do boi gordo.

Dessa forma, na comparação feita semana a semana, nas praças paulistas, as cotações da reposição caíram. A cotação do bezerro de ano foi a que mais caiu (5,0%), seguida pela do garrote (4,4%), pela do boi magro (1,0%) e, por fim, pela do bezerro de desmama (0,9%). Veja na tabela 1.

Com relação à cotação da reposição com fêmeas, a que mais caiu foi a da novilha (3,0%), seguido pela da bezerra de desmama (2,5%), pela da bezerra de ano (2,4%) e pela vaca boiadeira (1,0%). Veja na tabela 2.

Tabela 1.
Preço dos machos, anelorados, em R$ por cabeça, à vista, em São Paulo.

Fonte: Scot Consultoria

Tabela 2.
Preço das fêmeas, aneloradas, em R$ por cabeça, à vista, em São Paulo.

Fonte: Scot Consultoria

A expectativa é de que o mercado continue largado nos próximos dias, em função dos motivos relatados.