Além dos seis agrotóxicos autorizados irregularmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no ano ado, sindicância da estatal nos demais processos de aprovação concluiu que outros 23 produtos começaram a ser vendidos no país sem ar por todas as etapas da análise regulamentar - que identificam, por exemplo, se o defensivo representa risco à saúde dos consumidores. 6t74a
De acordo com informações da ANVISA, a auditoria criada a pedido de seu diretor-presidente para auditar os processos da agência relativos aos Informes de Avaliação Toxicológica avaliou 205 processos, sendo que em 23 foram identificados problemas envolvendo incorreções processuais, além dos seis detectados no fim do ano ado.
À época, o então gerente-geral de toxicologia da agência, Luiz Cláudio Meirelles, denunciou que seis defensivos agrícolas receberam autorização para serem comercializados no mercado brasileiro mesmo sem receberem todos os pareceres exigidos pela área.
A ANVISA informou, ainda, que o relatório foi encaminhado para a Controladoria-Geral da União (CGU), para o Tribunal de Contas da União (TCU), para Ministério Público Federal (MPOF) e para Polícia Federal. Os nomes dos produtos ou dos fabricantes não serão divulgados até deliberação da diretoria da ANVISA.
Quando Meirelles fez sua denúncia, no fim do ano ado, os três órgãos responsáveis pela regulamentação desses produtos no país - ANVISA, IBAMA e Ministério da Agricultura - divulgaram nota conjunta defendendo seu sistema de avaliação.
Fonte: Valor Econômico. 25 de junho de 2013.
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