Carta Grãos e Agricultura - Conab aponta alta na produção de milho n6q6n

De acordo com o oitavo levantamento de safra de grãos 2024/25 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em 15 de maio, a estimativa de produção do milho grão subiu 2,1 milhões de toneladas em relação ao último relatório, alcançando 126,9 milhões de toneladas.

O aumento ocorre, principalmente, da recuperação esperada da produtividade e do aumento da área semeada na segunda safra.

Quanto à demanda doméstica, a companhia estima que 89,3 milhões de toneladas de milho da safra 2024/25 serão consumidas internamente ao longo de 2025, aumento de 6,3% em comparação com a safra anterior, impulsionado pela crescente produção de etanol de milho.

A perspectiva é de uma redução nas exportações em função do aumento da demanda interna por milho e da consequente diminuição da oferta disponível para o mercado internacional.

Como resultado, o estoque de milho ao fim do ano safra 2024/25 deverá atingir 7,1 milhões de toneladas, representando um crescimento de 285,3% em relação ao volume da safra 2023/24 – 1,8 milhão de toneladas. Veja a tabela 1.

Tabela 1.
Balanço de oferta e demanda de milho no Brasil, em mil toneladas.

Fonte: Conab, maio de 2025 / Elaborado por: Scot Consultoria

Com a previsão de uma segunda safra mais produtiva, o preço do milho vem perdendo força. Além disso, a entrada da produção da primeira safra também ajudou a frear os preços.

Ponto de atenção 4k6nf

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou em 15 de maio a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em matrizeiro de aves comerciais. A detecção ocorreu no Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil.

Como consequência, diversos países suspenderam temporariamente as importações de carne de frango, seguindo os protocolos sanitários acordados previamente com o Brasil.

Além da avicultura, o impacto pode se estender para os mercados de carne suína e bovina, e para a cadeia de insumos, como o milho, utilizado na alimentação animal.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a previsão para 2025 é de que frangos de corte e poedeiras devem demandar 56,9% de milho para utilização em ração.